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Segunda-feira, 17 out 2011 - 11h21

Galileo: Foguete Soyuz parte pela primeira vez da América do Sul

Pela primeira vez desde o começo da Era Espacial, há mais de 50 anos, um foguete russo partirá de uma base diferente do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão ou de Plesetsk, na Rússia. O local será a base de Kouru, na Guiana Francesa, que onde partirá o primeiro par de satélites do projeto GALILEO, o concorrente europeu para o GPS americano.

O lançamento está marcado para as 08h34 pelo horário de verão da próxima quinta-feira, 20 de outubro e marcará oficialmente a construção da constelação GALILEO, que será composta de 26 satélites. Em 2012, outros dois equipamentos serão lançados e juntos dos dois primeiros formarão o núcleo principal da constelação.


Assista ao vivo na quinta-feira!

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O foguete de 3 estágios Soyuz ST-B chegou à Guiana Francesa transportado por aviões cargueiros e em seguida foi levado ao prédio de montagem através de uma rodovia de 600 metros.


Projeto Galileo
Ao contrário do sistema GPS, quando finalizado o Projeto Galileo de navegação por satélite será operado integralmente por órgãos não militares. Além dos satélites da própria constelação, o sistema também fará uso dos sinais do sistema GPS norte-americano e do GLONASS, russo, o que permitirá que o sistema atinja um nível de precisão estimado em 1 metro contra os atuais 15 a 20 metros do sistema GPS. Além disso, devido à técnica empregada, a qualidade e integridade dos sinais de posicionamento serão bem superiores aos do sistema norte-americano.

A construção dos primeiros 14 satélites custou a União Europeia 810 milhões de dólares e está a cargo da empresa alemã OHB System AG. Segundo as autoridades europeias, quando finalizado Galileu irá melhorar a cobertura em altas altitudes e dentro dos grandes centros urbanos, onde edifícios podem bloquear os sinais.


Relógios de alta precisão
O primeiro passo para a construção do sistema GALILEO foi dado em dezembro de 2005, quando a ESA lançou o satélite Giove-A (Galileo In-Orbit Validation Element ou Elemento de validação em órbita do projeto Galileo) com o objetivo de fazer os primeiros testes da rede.

Em 2008 a agência colocou em órbita o Giove-B, que carregava a bordo o mais preciso relógio atômico já lançado ao espaço, um subsistema fundamental para atingir a precisão esperada do projeto.

Dentro de Giove-B existem dois relógios atômicos redundantes de Rubídio, cada um deles com estabilidade de tempo melhor que 10 nanosegundos por dia. Além deles, a nave também carrega a menina dos olhos do projeto GALILEO, o Passive Hydrogen Maser ou PHM, um relógio atômico de precisão superior a 1 nanosegundo por dia e que de acordo com os cientistas europeus, é o mais estável e preciso relógio atômico já colocado em órbita.

A precisão dos relógios a bordo dos satélites é de vital importância em um sistema de posicionamento, já que será com base no tempo informado pelos relógios que as efemérides de distância e tempo serão calculadas. Pequenas diferenças de contagem podem se transformar em erros de cálculos com muitos metros de diferença.

Além das referências de tempo, a Giove-B também incorpora um experimento de monitoração de radiação, que fornecerá dados sobre o ambiente na altitude do satélite e também um retro refletor laser de alta precisão, que será usado para efetuar medições e correções de altitude com relação à superfície.


Fotos: No topo, lançamento de um foguete do tipo Soyuz a partir do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão. Na sequência, esquema da constelação de satélites GALILEO. Acima, protótipo de um relógio do tipo Passive Hydrogen Maser ou PHM. Créditos: Esa, Apolo11.

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