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Sexta-feira, 1 abr 2011 - 10h25

Sonda Messenger faz foto inédita a partir da órbita de Mercúrio

No dia 17 de março de 2011, a sonda espacial Messenger entrou com sucesso no domínio gravitacional de Mercúrio e passou a girar definitivamente na orbita do planeta. Alguns dias depois, em 29 de março, a nave fez a primeira imagem orbital do astro, 37 anos depois da primeira e histórica aproximação da nave Mariner 10, em 1974.

Mercurio visto pela sonda messenger em março de 2011
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"Alcançar a órbita de Mercúrio foi o maior passo desde que a Messenger foi lançada há seis anos e meio", disse Peter Bedini, gerente do projeto Messenger junto ao Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins. "Essa conquista é fruto de uma tremenda quantidade de trabalho por parte dos responsáveis pela navegação, orientação e controle da missão, que rastrearam a nave por mais de 3.7 bilhões de quilômetros".

A sonda foi lançada em 3 de agosto de 2004 e antes de entrar na órbita de Mercúrio fez duas aproximações do planeta Vênus, com o objetivo de ganhar o impulso necessário para alcançar seu destino. Antes, porém, já havia passado pelas proximidades de Mercúrio por quatro vezes, até ser finalmente inserida na órbita planejada.

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Quando em operação, a sonda circundará o planeta duas vezes e meia a cada hora, em uma órbita altamente elíptica que a coloca entre 200 km de altitude e 15 mil km de altitude. Esse padrão foi escolhido para proteger a nave das altas temperaturas encontradas naquela região do Sistema Solar.

região norte de mercúrio

Após a primeira imagem feita no dia 29 de março, a Messenger registrou mais de 363 cenas antes de enviar os dados à Terra. Como os experimentos científicos só começam de fato em 4 de abril, os registros estão relacionados à saúde da nave, principalmente aos sistemas de alimentação e orientação.


Mercúrio
Mercúrio é o menor planeta do Sistema Solar e também o mais próximo do Sol. Seu diâmetro é um pouco menor que a metade da Terra e ao contrário do que muitos pensam, Mercúrio não é um planeta vermelho. Seu nome é atribuído aos romanos em homenagem ao veloz mensageiro dos deuses, já que parecia mover-se no céu mais depressa do que qualquer outro objeto.

De todos os planetas do sistema solar é o que menos foi visitado e seu estudo direto através de telescópios é muito prejudicado devido à proximidade da estrela. Só pode ser visto antes ou depois do nascer e pôr-do-Sol, e nestas ocasiões está tão baixo no horizonte que sua luz refletida tem que passar por uma camada muito densa de atmosfera, o que prejudica ainda mais sua observação.

A colocação da Messenger na órbita de Mercúrio deverá trazer mais luz às questões sobre a formação e evolução do planeta. Para isso a sonda é dotada de diversos instrumentos.

Instrumentos
O MDIS é um dos mais importantes instrumentos a bordo da Messenger, mas não é o único. Enquanto para os simples mortais as imagens captadas já bastam para satisfazer a curiosidade, para os especialistas elas fazem parte de um conjunto de informações que ajudarão a construir o grande quebra-cabeça chamado Mercúrio. É por isso que as sondas são dotadas de diversos sensores diferentes, cada um com uma finalidade específica.

A análise da composição química da atmosfera e da superfície ficará a cargo do instrumento MASCS (Mercury Atmospheric and Surface Composition Spectrometer), um espectrômetro completo de última geração capaz de realizar múltiplas análises simultâneas. O MASCS trabalhará em conjunto com outros dois espectrômetros operando nos comprimentos de onda de raios-x e raios-gama.

Para o estudo do campo magnético a sonda leva a bordo o sensor MAG, um magnetômetro de alta precisão que auxiliará os cientistas a compreender melhor a formação e composição do núcleo mercuriano.

Outros instrumentos fazem parte da lista de equipamentos a bordo da Messenger. Para avaliar a interação entre o ambiente espacial e o vento solar a espaçonave está dotada de um espectrômetro de plasma e partículas energéticas enquanto a topografia de Mercúrio será sondada por um altímetro-radar, que fornecerá importantes dados para a construção de um novo mapa tridimensional do planeta.


Validação dos dados
Os dados coletados pela Messenger não chegarão à Terra em tempo-real. Antes serão avaliados pelos computadores de bordo e uma vez que todas as medidas forem completadas serão retransmitidos. Segundo os cientistas ligados à Universidade Johns Hopkins, cada pacote de dados levará aproximadamente 22 horas para ser processado e enviado à Terra.

Saiba tudo sobre a Sonda Messenger


Arte: No topo, primeira imagem feita pela sonda Messenger a partir da órbita de Mercúrio. Na sequência, cena da região do polo norte do planeta, mostrando uma região nunca vista por nenhuma outra nave. Acima, concepção artística mostra a sonda orbitando o planeta. Crédito: Nasa/JHU-APL.

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