Quinta-feira, 25 jan 2007 - 10h54
Um vulcão de lama, que entrou em erupção há mais de 230 dias na ilha de Java, na Indonésia, deve se manter assim por muitos meses ou até anos.
Esse é o resultado do primeiro relatório técnico sobre as causas e consequências da constante erupção, que desde seu início, em 29 de maio de 2006, já provocou a destruição de quatro vilarejos, vinte e cinco fábricas e diversas infraestruturas no leste da ilha, próximo à Surabaya, a segunda maior cidade da Indonésia. Segundo o cálculo dos cientistas, pelo menos 10 quilômetros quadrados ao redor do vulcão ficarão inabitáveis e aproximadamente 11 mil pessoas deverão abandonar o local. Lusi, como é conhecido o vulcão, expele diariamente entre 7 mil e 150 mil metros cúbicos de lama. O relatório, que explica melhor a situação, foi elaborado por pesquisadores da Universidade de Durham, no Reino Unido, e será publicado em fevereiro pela revista norte-americana GSA Today, pertencente à Sociedade Geológica dos Estados Unidos. Segundo o trabalho, quase não há mais dúvidas que a causa da erupção foram as perfurações industriais em busca de gás natural. Outro trabalho, encomendado pela ONU (Organização das Nações Unidas) também havia sugerido essa hipótese. Os especiaistas, que também analisaram aárea através de imagens de satélites, informaram que provavelmente uma região aquífera sob grande pressão foi perfurada sem a colocação de um dispositivo de proteção. Contruída em aço, essa proteção age como uma espécie de tampa na parte superior do furo de prospecção e seu emprego é um procedimento padrão neste tipo de trabalho. A proteção evita que fluídos em alta pressão, como óleo, gás ou água, vazem da perfuração. Outra conclusão, feita pela equipe que realizou o estudo, mostra que uma grande parte da região em torno da abertura principal de Lusi, cederá em breve, formando uma grande cratera. Para piorar a situação, 30 pessoas morreram na cidade de Porong, quando uma explosão em um gasoduto, abaixo de um dos diques de retenção de lama, explodiu. Vazamentos de água e lama são comuns nas perfurações de óleo e gás, mas normalmenete são previsíveis. Fotos: No alto, imagem do vulcão Lusi, feita por cientistas da Universidade de Durhan. Na sequência habitantes de vila próxima à Surabaya, inundada pela lama, se esforçam para deixar a região atingida. Nas fotos de satélite, dois momentos da cidade de Porong. Antes e depois da erupção de Lusi. LEIA MAIS NOTÍCIAS
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