Terça-feira, 3 jul 2007 - 08h40
Um terremoto de forte intensidade ocorrido nesta madrugada pode ter provocado uma elevação súbita no nível do mar na Ilha de Fernando de Noronha em cidades localizadas na costa nordeste brasileira.
O tremor, calculado em 6.2 graus na escala Richter, ocorreu às 08h26 UTC (05h26 Hora de Brasília), 10 quilômetros abaixo do leito submarino sob as coordenadas 0.711°N e 30.236°W, aproximadamente a 560 quilômetros de Fernando de Noronha, 900 quilômetros de Natal e 1095 quilômetros de Recife. A região onde ocorreu o evento situa-se na interface entre as placas tectônicas sul-americana e africana, abaixo da dorsal Meso-Atlântica, a maior cadeia de montanhas do planeta. Os dados sismográficos ainda estão incompletos, mas informações recebidas da estação argentina de Tornquist, no cone do sul do continente, mostram que os primeiros sinais começaram a ser registrados ali às 08h35 UTC. A chegada mais abrupta das ondas P foi registrada às 08h49 UTC (05h49 Hora de Brasília) e durou aproximadamente 10 minutos. O sismógrafo instalado em Natal e que faz parte da Rede Sismográfica Globa, l não estava operando no momento do evento.
Considerando-se a intensidade do abalo, o fenômeno não deve ter elevado em mais de dois centímetros o nível do mar, mas os efeitos do tremor podem ter sido sentidos pela população de Fernando de Noronha e Natal. Outro evento, ocorrido em 10 de março de 2006, também provocou abalos na ilha de Fernando de Noronha, mas não foram registradas vítimas ou danos. A primeira das ondas sísmicas que são detectadas durante um terremoto são as ondas-P, também conhecidas como ondas primárias. Estas ondas são muito velozes e chegam à superfície muito rapidamente, podendo se propagar através dos sólidos e dos líquidos. As ondas-S, por serem mais lentas que as ondas-P, chegam à superfície momentos depois. A velocidade médias das ondas-P é de 4.5 km/s enquanto as ondas-S se propagam a aproximadamente 2685 m/s. São as ondas-S que causam as maiores destruições. Artes: O mapa no topo da página mostra o tempo em minutos que as ondas-P, geradas no momento do terremoto, levaram para serem detectadas em diversos pontos da Terra. Acima vemos o sismograma, como registrado pela estação argentina de Tornquist, no cone sul do continente. LEIA MAIS NOTÍCIAS
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