Quinta-feira, 27 set 2007 - 11h30
Que as queimadas em grande escala são extremamente nocivas ao meio ambiente todos já sabem. A queima de grande quantidade de biomassa tem efeito direto na poluição do ar e não é preciso de nenhum especialista ambiental para comprovar o que os olhos vêem e o corpo sente.
O problema é que nos países mais pobres ou em desenvolvimento, as queimadas ainda são utilizadas largamente nas regiões agrícolas. Se não houverem políticas mais agressivas no controle da atividade, não haverão campanhas educativas suficientes que possam reverter a atual situação. A imagem que vemos acima é uma impressionante cena captada na última terça-feira (25/09) pelo satélite de sensoriamento remoto Aqua, da agência espacial americana, Nasa. A cena mostra milhares de focos de incêndios na fronteira entre o Brasil, Bolívia e Paraguai e não deixa dúvidas sobre a extensão dos danos ambientais. Pela imagem é possível verificar que a maior parte das queimadas ocorre mais intensamente na região boliviana de Santa Cruz, no sul do país. Apesar de queimadas ocorrerem espontaneamente nas savanas e florestas secas do sul da Bolívia e norte do Paraguai, os focos mostrados na imagem e destacados em vermelho, evidenciam queimadas produzidas pela atividade humana, ocorrendo em diversas propriedades agrícolas. São incêndios provocados para preparo da terra e que após ficarem fora de controle, se propagam pelas florestas e áreas naturais. A imagem, feita de uma altitude de mais de 700 quilômetros, mostra que os focos, apesar de mais concentrados no sul da Bolívia, estão por toda a parte e também podem ser vistos em território brasileiro, desde Corumbá, no Mato Grosso do Sul, até Guajará-Mirim, em Rondônia. A propagação da fumaça é tão intensa que praticamente cobre todo o céu da Bolívia. LEIA MAIS NOTÍCIAS
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