Quarta-feira, 5 dez 2007 - 10h19
A nova corrida espacial, com destino à Lua e Marte, tem demonstrado que as grandes potências não estão perdendo tempo na coleta de dados para as futuras bases no satélite da Terra. E novamente as novidades vêm da Esa, a Agência Espacial Européia, que a cada dia vem surpreendendo com seus avanços, que caminham a passos largos.
A novidade do momento é um novo mapa divulgado pela agência e obtido pela sonda Smart-1 em 2006. As imagens captadas mostram novos detalhes da geografia e iluminação do Pólo Norte lunar e que serão de grande utilidade aos futuros exploradores. Apenas para recordar, a sonda Smart-1 é a mesma que em 3 de setembro de 2006 se chocou contra a superfície da Lua, produzindo um clarão captado por telescópios terrestres. De acordo com a agência européia, os pólos da Lua são cientificamente muito interessantes para as futuras explorações, principalmente devido à exposição aos raios solares. Por apresentarem áreas constantemente iluminadas, possuem grande estabilidade térmica, além de estarem relativamente próximas às áreas escuras, que podem armazenar água em forma de gelo. Isso torna as regiões em torno dos pólos potenciais candidatas a abrigar as futuras bases exploratórias.
O mapa produzido pela Smart-1 mostra o pólo norte da Lua e cobre uma área de 800 km por 600 km. Nele, vemos com bastante nitidez as localizações geográficas de alguns acidentes, entre eles a cratera Peary, uma grande cratera de impacto muito próxima ao Pólo norte. Nesta latitude, o interior e o solo da cratera recebem pouca luz solar, mas o suficiente para ser escaneada pela sonda durante o momento da passagem orbital. "A iluminação solar faz dessas áreas, locais ideais para prospecções com robôs ou instalações de bases, alimentados pela energia do Sol", explica Bernard Foing, Cientista-chefe do Projeto Smart-1 da Esa. Outra cratera que merece a atenção dos pesquisadores é Hermite, localizada no limbo do norte lunar, também próxima ao Pólo norte. Vista da Terra, Hermite se apresenta de lado, iluminada obliquamente pelos raios solares. Outra cratera, Plaskett, está localizada a 200 km do pólo norte e recebe luz solar vinda de ângulo muito baixo. Devido ao isolamento desta cratera e sua localização próxima ao limbo lunar, é cogitada como um possível local para uma base lunar, que poderá ser usada para simular as condições isoladas durante futuras missões tripuladas a Marte. Fotos: Mosaicos mostram a superfície da Lua, através de imagens feitas entre maio de 2005 e fevereiro de 2006. As cenas foram captadas quando a sonda estava a 3 mil quilômetros acima da superfície e cada pixel corresponde a 300 metros. Cortesia: ESA. LEIA MAIS NOTÍCIAS
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