Segunda-feira, 28 jan 2008 - 10h31
Um satélite espião, do tamanho de um pequeno ônibus escolar e com mais de 10 toneladas passou a ser a mais nova ameaça que vem do céu. De acordo com o governo dos EUA, o artefato perdeu sua capacidade de auto-correção e orientação e deverá reentrar na atmosfera terrestre entre os meses de fevereiro e março, mas a data exata ainda não está confirmada, podendo até mesmo se estender por um período desconhecido.
As informações estão sendo liberadas a conta-gotas pelas autoridades americanas, mas especula-se que o satélite seja o NROL-21 USA-193, lançado da base militar de Vandenberg no dia 14 de dezembro de 2006 através de um foguete Delta II. Logo após entrar em órbita o artefato sofreu uma pane durante a abertura de seus painéis solares, com reflexos imediatos sobre os sistemas de geração de energia elétrica e comunicações.
Apesar de a re-entrada na atmosfera ser um processo natural, satélites desgovernados de grande porte podem ter algumas de suas peças não totalmente queimadas durante o processo. As chances de uma delas atingir áreas continentais são grandes, da ordem de 25%, contra 75% de se chocarem contra o oceano. No dia 19 de janeiro de 2007, alguns dias depois do lançamento, militares dos EUA confirmaram que haviam perdido a capacidade de comunicação com o satélite, mas que todos os esforços estavam sendo feitos para restabelecer a comunicação com a nave. Oficialmente o NROL-21 não estava totalmente perdido, até que cálculos feitos por Ted Molczan, um especialista no rastreio de satélites espiões confirmaram que o NROL-21 havia decaído para uma órbita de 280 km de altitude e continuava a perder altura à razão de 700 metros por dia. Caso estivesse em na sua posição original e operando corretamente, o satélite deveria se manter a 360 quilômetros de altitude.
No último dia 26 de janeiro (2008), um comunicado feito pelo Conselho Nacional de Segurança dos EUA e reportado pela agência de notícias Associated Press confirmou que as autoridades norte-americanas não tinham mais controle sobre o satélite. "Partes do satélite podem conter material tóxico e não sabemos em qual lugar do planeta eles poderão cair", disse Gordon Johndroe, porta voz do Conselho. "Estamos fazendo o possível para diminuir os possíveis problemas que a re-entrada irá causar", mas não especificou exatamente o que, já que não há mais controle sobre o equipamento. Foto: No topo, restos do terceiro estágio de um foguete do tipo Delta 2, após re-entrar na atmosfera e se chocar sobre áreas desertas do Arábia saudita. O evento ocorreu no dia 21 de janeiro de 2001 a 240 km de Riady, capital do país. Na seqüência, tanque principal do segundo estágio de outro Delta 2, que re-entrou na atmosfera no dia 22 de janeiro de 1997, próximo à cidade de Georgetown, no Texas. O tanque pesa aproximadamente 250 quilos e ficou praticamente intacto após a re-entrada. Cortesia: JSC/Nasa. LEIA MAIS NOTÍCIAS
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