Quarta-feira, 13 fev 2008 - 10h11
A Nasa divulgou ontem novas imagens do que pode ser uma das galáxias mais distantes já observadas. Segundo os pesquisadores, sua formação ocorreu há mais de 12.8 bilhões de anos, 700 milhões depois do início do Universo.
As imagens foram captadas pelos telescópios espaciais Hubble e Spitzer, e mostram a galáxia, batizada de A1689-Zd1, em um momento de transformação em um período do tempo conhecido por "idade escura", pouco depois do Big Bang. Esse momento é anterior à formação das primeiras estrelas e de acordo com as modernas teorias, a "idade escura" começou cerca de 400 mil anos depois do Big Bang". "Ficamos surpreendidos quando descobrimos essa jovem e brilhante galáxia há 12,8 bilhões de anos atrás. São as imagens mais detalhadas de um objeto tão distante captadas até agora", disse Garth Illingworth, astrônomo da Universidade da Califórnia e membro da equipe de pesquisadores. De acordo com o cientista Piero Rosati, da ESO, Organização Européia para Pesquisa Astronômica no Hemisfério Sul, as medições são altamente confiáveis e sugerem que A1689-Zd1 seja a mais distante galáxia conhecida. As imagens devem oferecer novas pistas para a compreensão sobre o nascimento das galáxias, além de proporcionar mais informações sobre os tipos de objetos que contribuíram para o término da "idade escura". Durante todo o período de operação do telescópio Hubble, os cientistas puderam fazer fantásticos recuos no tempo, observando as galáxias em diversos estágios de evolução. Essas imagens contribuíram na construção de uma espécie de álbum de galáxias em diversas fases de desenvolvimento, desde a idade infantil até a idade adulta.
As cenas divulgadas ontem mostram a galáxia ainda em sua fase infantil, mas sua luz não pode ser observada diretamente dentro do espectro visível, já que devido à expansão do Universo sua freqüência é desviada para região do infravermelho. Para captar a luz da galáxia o telescópio Hubble utilizou um equipamento especial chamado NICMOS, um espectrômetro multi-objetos auxiliado por uma câmera em infravermelho. Além disso, Hubble e Spitzer contaram com a valiosa ajuda de uma ferramenta cada vez mais usada pelos astrônomos. Quando a luz se propaga através da região onde ocorre essa distorção, e caso ela possua velocidade de escape superior à deformação causada pelo corpo massivo, descreverá uma trajetória curvilínea e mudará a sua freqüência, criando, assim, a impressão de uma lente gravitacional. No caso da nova galáxia A1689-Zd1, os astrônomos da Nasa utilizaram como corpo de grande massa um aglomerado de galáxias conhecido como Abell 1689, distante pelo menos 2.2 bilhões de anos-luz. Graças ao efeito produzido, é possível a observação de objetos localizados a grande distância no espaço com grande riqueza de detalhes. Fotos: No topo, imagens captadas pelos telescópios Spitzer e Hubble mostram a galáxia A1689-Zd1visível dentro do espectro do infravermelho. Na seqüência, concepção artística mostra possível aparência da galáxia. Créditos: NASA, ESA e G. Bacon (Space Telescope Science Institute). LEIA MAIS NOTÍCIAS
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