Terça-feira, 22 abr 2008 - 10h22
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, INPE, passou a divulgar em sua página na Internet uma série de dados e informações oceânicas daquilo que o instituto chama de "saúde do oceano”. Os dados retratam especialmente a costa da Região Sudeste brasileira e mostram a concentração de clorofila na superfície do mar, que é usada pelos fitoplânctons para realizar a fotossíntese.
Estes micro-organismos são compostos por algas unicelulares capazes de formar grandes colônias e dependem de certas condições ambientais para se desenvolverem, por isso funcionam como um bom indicador de mudanças ambientais no ecossistema marinho. Os fitoplânctons formam a base da cadeia alimentar marinha e crescem de forma abundante e coletiva nos oceanos do planeta. Alguns mamíferos aquáticos e pequenos peixes se alimentam destes micro-organismos, de onde extraem boa parte do carbono necessário ao crescimento destas espécies. O fitoplâncton também exerce influência sobre o clima global. Em sua interação com a atmosfera, os oceanos absorvem milhões de toneladas de CO2 - dióxido de carbono - por ano. Parte desse gás é capturada pelo fitoplâncton na realização da fotossíntese. Segundo estimativas, cerca de 90% do CO2 do planeta está armazenado no fundo dos oceanos e localizado em depósitos de biomassa inerte formados por organismos mortos, incluindo o fitoplâncton. O monitoramento também interessa à meteorologia e oceanografia, já que os fitoplânctons são transportados passivamente pelas correntes oceânicas. Como ficam à deriva na superfície do mar podem servir como demarcadores de trajetórias das correntes marítimas, observadas através de imagens de satélite. De acordo com Milton Kampel, oceanógrafo do INPE e um dos responsáveis pelo projeto, alguns destes produtos já estavam disponíveis. "A expectativa é de que a área de abrangência do projeto seja ampliada aos poucos, englobando outras regiões da costa brasileira". O monitoramento é feito através da divisão de Satélites e Sistemas Ambientais (DSA), que processa e armazena os dados de satélites e da divisão de Sensoriamento Remoto (DSR), que busca aprimorar técnicas de detecção de assinaturas espectrais de “alvos” na superfície terrestre e do mar. Além disso, o projeto conta com o apoio da Petrobras, com quem o instituto possui colaboração técnica e científica, principalmente na região da Bacia de Campos, no Rio de Janeiro. Artes: No topo, imagem capturada pelo satélite de sensorimento remoto Terra mostra grande concentração de fitoplânctons na costa da Argentina, em fevereiro de 2003. No detalhe, gráfico produzido pelo INPE onde é mensurada a quantidade de clorofila na costa do Sueste brasileiro. Créditos: Modis/Nasa/Inpe. Clique sobre as imagens para maiores detalhes. LEIA MAIS NOTÍCIAS
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