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Quarta-feira, 17 dez 2008 - 08h52

Forte explosão solar registrada pelas lentes do telescópio Soho

Uma forte explosão solar foi registrada na tarde de ontem pelo coronógrafo de ângulo largo Lasco C3 do Observatório Solar e Heliosférico Soho, que monitora o Sol 24 horas por dia. A explosão pode ser vista quase em tempo real aqui no Apolo11, que recebe as imagens do satélite e as reprocessa em forma de animação.

Ejeção de Massa Coronal

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As imagens do Sol vistas sem o auxílio do coronógrafo não apresentaram nenhuma anomalia, confirmando que a explosão ocorreu do lado oposto da estrela ou próximo ao seu limbo. Normalmente as explosões estão associadas às manchas solares e à medida que o Sol rotaciona deverá apresentar algum sinal deixado pelo evento. Entre os sinais que poderão surgir nos próximos dias estão a presença de manchas solares ou filamentos magnéticos instáveis.


Flare Solar
Uma explosão solar, também chamada de "flare solar" acontece quando uma gigantesca quantidade de energia armazenada pelos campos magnéticos, geralmente acima das manchas solares, é repentinamente liberada. Os "flares" produzem uma enorme emissão de radiação que se espalha por todo o espectro eletromagnético, desde a região das ondas de rádio até a região dos raios X e raios gama.

Magnetograma do Sol

Ejeção de Massa Coronal
Durante a explosão, o Sol lança ao espaço as conhecidas Ejeções de Massa Coronal ou CME, gigantescas bolhas de gás ionizado com até 10 bilhões de toneladas que são arremessadas a velocidades que superam a marca de um milhão de quilômetros por hora. Na imagem registrada podemos ver nitidamente o material ejetado se propagando no espaço.

As CMEs são invisíveis aos olhos humanos, mas quando observadas dentro do espectro de raios-x, que vai de 1 a 8 Angstroms, apresentam um intenso brilho ou clarão. A intensidade desse clarão (ou flare) permite classificar o fenômeno.

Os flares de Classe X são intensos e durante os eventos de maior atividade podem provocar blackouts de radiopropagação que podem durar diversas horas ou até mesmo dias.

As rajadas da Classe M são de tamanho médio e também causam blackouts de radiocomunicação que afetam diretamente as regiões polares. Tempestades menores muitas vezes seguem as rajadas de classe M.

Por fim existem as rajadas de Classe C, fracas e pouco perceptíveis aqui na Terra.

Na imagem mostrada também é possível ver o planeta Marte, o pequeno ponto branco que se desloca à direita do Sol. Ao fundo, milhares de estrelas também podem ser vistas desfilando à frente do telescópio.

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Fotos: No topo, frame estático mostra o momento da explosão solar, ocorrida às 14h18 UTC (18h18 Horário de Brasília). Acima, magnetograma recebido na manhã do dia 17 de dezembro. Algumas horas após o evento, a superfície solar ainda não apresenta nenhuma anomalia magnética. Neste tipo de imagem os pontos brancos indicam onde o campo magnético é positivo enquanto os pontos negros indicam polaridade negativa. Crédito: ESA/Observatório Solar e Heliosférico SOHO.

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