Sábado, 16 mai 2009 - 08h25
Após quase oito horas no espaço exterior, os astronautas Michael Good e Mike Massimino realizaram na sexta-feira (15 de maio) a segunda caminhada espacial da missão STS-125 para o conserto do telescópio espacial Hubble. A caminhada teve início às 09h49 e finalizou às 17h15 e foi a oitava mais longa atividade extraveicular da história espacial.
A segunda caminhada, de um total de cinco previstas para a missão, cumpriu todos os objetivos programados, entre eles a troca das três unidades RSU (rate sensing units) que contêm os giroscópios que ajudam a manter a orientação espacial do telescópio. Além das RSUs, Massimino e Good removeram da baia 2 uma das baterias do telescópio e a substituíram por uma nova unidade. O segundo conjunto de baterias será substituído da baia 3 na segunda-feira, pelos especialistas John Grunsfeld e Andrew Feustel. A função das baterias é fornecer energia quando o telescópio passa pela zona de sombra da Terra e seus painéis solares não ficam expostos ao Sol. Quarenta minutos após a instalação dos módulos, a equipe do Centro de Controle do Telescópio Espacial, localizada no Centro Espacial Goddard, da Nasa, confirmou o correto funcionamento dos seis giroscópios e das baterias. Além dos trabalhos de reparos do telescópio, o comandante Scott Altman e a especialista Megan McArthur também realizaram a inspeção das quarenta placas cerâmicas que foram avariadas durante o lançamento do ônibus espacial. Baseados nas imagens coletadas, os engenheiros liberaram o sistema de proteção térmico até a nova inspeção que será realizada na terça-feira.
O COS é um espectroscópio que "vê" apenas no comprimento de onda ultravioleta, capaz de decompor a luz proveniente de galáxias em evolução ou planetas em formação, permitindo aos cientistas conhecerem os elementos químicos que compõe os objetos. De acordo com a Nasa, o novo equipamento aumentará em 70 vezes a capacidade de observação de objetos muito tênues. Da mesma forma que a câmera WCF3, substituída na primeira EVA, o COS será instalado no local de outro equipamento que será substituído. Neste caso a peça a ser trocada será o COSTAR, um dispositivo instalado no Hubble durante a primeira missão de reparos em 1993 e que foi utilizada para corrigir uma imperfeição do espelho principal do telescópio. Desde a primeira missão de consertos, todos os instrumentos trocados já englobavam a tecnologia de correção, assim o Costar não é mais necessário. A ACS é a uma das principais câmeras do Hubble e é a responsável pelas mais belas imagens captadas pelo telescópio. Segundo a Nasa, o conserto desses dois equipamentos é comparado a uma verdadeira cirurgia cerebral, tamanha a complexidade e delicadeza da operação. Leia também: Saiba tudo sobre o conserto do Telescópio Hubble
11 maio - 15h01 - Lançamento do ônibus espacial
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