Quarta-feira, 17 jun 2009 - 09h25
Sem dúvida, os vulcões representam um dos mais imponentes acidentes geográficos da Terra, mas só quando observados do espaço é que podemos ter a noção exata de seu tamanho e entender porque sua presença é sempre uma ameaça assustadora.
Esse é o caso da Ilha do Fogo, um gigantesco estratovulcão situado no arquipélago de Cabo Verde, a 640 quilômetros do ponto mais extremo do oeste africano. O vulcão recebeu este nome por volta de 1500 pelos colonizadores portugueses e até 1760 se manteve constantemente em atividade. A imponência da montanha é logo percebida nesta imagem captada no dia 10 de junho de 2009 pelo satélite de sensoriamento remoto EO-1, da Nasa. A cena destaca a grande caldeira de 9 quilômetros de diâmetro, chamada Caldeira Cha e dentro dela uma montanha de mais de 1 quilômetro de altura, batizada de Pico, que se ergue 100 metros acima do topo da ilha. Para se ter uma idéia do tamanho da caldeira, as feições circulares retratadas à esquerda da foto são as paredes internas do flanco oeste do vulcão e se erguem a nada menos que 1 km desde o fundo da caldeira. Repare a inexistência da muralha esquerda, destruída por um profundo colapso ocorrido há centenas de anos. Até o cume de Pico, Ilha do Fogo se ergue 2829 metros acima do nível do mar e até 1995 era habitada por moradores dos vilarejos de Portela e Bangaeira, evacuados durante a erupção que ocorreu naquele ano. A imagem de satélite mostra os vilarejos no topo esquerdo da foto. No sudoeste de Pico uma estrada abandonada é claramente visível. Evidências das atividades recentes de Fogo também estão presentes na imagem. Trilhas de lava endurecida das últimas erupções seguem em direção ao oceano Atlântico enquanto fluxos piroclásticos da erupção de 1995 são vistos próximos ao flanco esquerdo da caldeira.
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