Sexta-feira, 7 ago 2009 - 08h49
Lançado no dia 6 de março de 2009, o telescópio espacial Kepler tem como objetivo descobrir e estudar novos planetas extrasolares, especialmente aqueles que se encontram dentro da zona habitável de uma estrela. Agora, cientistas americanos puderam confirmar a real capacidade do telescópio e anunciaram a detecção de uma tênue atmosfera em um planeta a 1 mil anos-luz de distância.
Clique para ampliar A detecção da atmosfera no exoplaneta foi feita com apenas 10 dias de coleta de dados e animou bastante o diretor da Divisão de Astrofísica e Missões Espaciais, da Nasa, Jon Morse. "Kepler entrou com o pé direito na caçada aos exoplanetas e demonstrou a extraordinária capacidade científica do instrumento", disse Morse. A descoberta foi publicada nesta sexta-feira no periódico Science. As observações foram feitas ao examinar um planeta chamado HAT-P-7, conhecido por orbitar a estrela-mãe na constelação do Cisne a cada 2.2 dias e se localizar 26 vezes mais próxima dela do que a Terra do Sol. Sua distância, combinada com a massa ligeiramente maior que a de Júpiter classifica o objeto como um "Júpiter Quente". Sua temperatura é tão alta quanto uma grelha elétrica.
Clique para ampliar A sensibilidade do telescópio também permitiu à equipe da missão detectar até mesmo as pequenas variações no brilho da estrela, provocadas pelas ocultações que ocorrem quando o planeta passa atrás do disco estelar. Os dados do telescópio permitiram conhecer a profundidade da ocultação e o padrão e amplitude da curva luminosa e revelaram que o planeta tem uma atmosfera que atinge 2371 graus Celsius durante o dia, mas que muito pouco desse calor é transportado para o lado frio durante a noite. Além disso, o tempo de ocultação comparado ao tempo de trânsito à frente da estrela mostrou que o planeta tem um padrão de órbita circular.
"Estes resultados mostram que a estréia de Kepler na detecção dos planetas extrasolares não podia ser melhor", disse David Kock, principal representante do Centro de Pesquisas Ames, da Nasa, junto à missão Kepler. "Esse é um bom sinal e nos dá ótimas perspectivas para que possamos descobrir planetas do tamanho da Terra dentro da zona habitável", declarou o pesquisador.
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