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Quinta-feira, 12 nov 2009 - 14h27

Nova vela solar será lançada ao espaço em 2010

Cinco anos depois do fracasso da vela solar Cosmos 1, a fundação Planetary Society promete levar ao espaço seu novo projeto de propulsão fotônica. Batizado de LightSail-1, a nave será montada em torno de três microsatélites e será lançada até o final de 2010, de carona em algum foguete comercial.


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O projeto completo é composto de três naves do tipo LightSail e o primeiro artefato - LightSail-1 - terá como objetivo a demonstração da capacidade de controle do artefato, propelido unicamente pela ação dos fótons solares que atingem a vela espacial.


Monitoramento
A missão LightSail-2 será mais ambiciosa e levará ao espaço uma grande carga de instrumentos que coletarão dados da Terra e refinarão os conhecimentos de propulsão solar. A LightSail-3 levará outra carga de experimentos, capazes de alertar sobre potenciais tempestades solares capazes de provocar danos em equipamentos ou desastres naturais.

A nova vela SailLight-1 será construída em torno de três satélites do tipo Cubesat e fará proveito de todo avanço obtido na tecnologia dos micros e nanosatélites desenvolvida nos últimos cinco anos. Um dos Cubesats formará o módulo de eletrônica e controle enquanto os outros dois Cubesats armazenarão os módulos das velas solares. Todos os sensores, câmeras e sistemas de controle serão adicionados ao barramento eletrônico do Cubesat primário.


Vento Solar
Fisicamente, a LightSail-1 será composta de um arranjo de quatro velas triangulares, que à primeira vista lembra uma grande pipa de 32 metros quadrados, feita de um tipo de poliéster conhecido como Mylar. Depois de construída a vela será colocada em uma órbita a 800 km acima da superfície, em uma altitude suficientemente alta para escapar do arrasto das altas camadas da atmosfera. Nesta altitude a nave estará sujeita unicamente à força gravitacional e à pressão do vento solar, que incidirá sobre a vela e aumentará sua energia, mantendo-a em órbita.

Utilizando telescópios terrestres e instrumentos a bordo da nave, os cientistas da Planetary Society poderão medir com precisão o aumento da energia orbital. Se tudo funcionar como planejado, a luz do Sol atingirá as velas e aumentará a velocidade da nave, confirmando a possibilidade deste novo tipo de propulsão.


Além do Sistema Solar
Teoricamente, as velas solares podem fazer voos interestelares de longa duração, uma vez que são impulsionadas pela ação das partículas solares e não pelo tracionai método de reação utilizado pelos foguetes.

Inicialmente, as velas solares aceleram muito lentamente, mas com a velocidade crescendo de forma contínua e gradativa, podendo chegar a mais de 150 mil km/h. Isso cria a possibilidade de missões com muitos anos de duração, permitindo que as naves deixem o Sistema Solar em até cinco anos, ao contrário dos 25 anos necessários ao se utilizar os atuais métodos de propulsão.


Arte: Concepção artística mostra como será a aparência da vela solar quando suas pétalas estiverem desabrochadas. Crédito: Rick Sternbach/Planetary Society.

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