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Quarta-feira, 23 dez 2009 - 08h57

Telescópio Hubble detecta discos planetários na Nebulosa de Órion

Uma das mais belas e conhecidas nebulosas visíveis à vista desarmada é sem dúvida a Grande Nebulosa de Orion. Localizada próxima às "Três Marias", a nebulosa encanta pela beleza e pelas formas, mas só quando vista através de grandes telescópios é que a nebulosa revela um pouco mais dos seus segredos.

Grande Nebulosa de Orion
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Conhecida também como M42, a Nebulosa de Órion se localiza a 1500 anos-luz da Terra, nos mesmo braço espiral da Via Láctea em que está localizado nosso Sol. No céu, M42 é facilmente localizada entre as estrelas Rigel e Saíph, que formam o famoso retângulo que abriga as Três Marias, na constelação de Órion.

Apesar de bela, a observação da nebulosa através de binóculo ou telescópio não permite ver o que se passa em seu interior. Aos nossos olhos o objeto aparece como algo difuso e sem limites muito definidos, mas na realidade M42 é uma gigantesca região de formação estelar, onde enormes massas gasosas submetidas a altíssimas pressões e temperaturas começam a brilhar, dando origem à novas estrelas.

A cena mostrada apresenta uma pequena área da Nebulosa, chamada de Trapézio. Ali, além da formação de novas estrelas, uma enorme concentração de gases e poeira também sugere a formação de seis discos protoplanetários, detectadas com muita precisão nessa imagem captada pelo telescópio espacial Hubble.

Na cena, chama a atenção os discos protoplanetários ao redor agrupamento mais brilhante, conhecido como 1 Theta Orionis C. O disco mais próximo, visto à esquerda da estrela em formação, brilha mais intensamente que os outros, à medida que a radiação da estrela aquece mais fortemente o gás do objeto. Os discos mais distantes, ao contrário, não recebem radiação suficiente e são detectados como uma silhueta mais escura contra o fundo brilhante da nebulosa.

Apesar de menos brilhantes, os discos mais escuros são os que oferecem as melhores condições aos astrônomos para estudar as propriedades dos grãos de poeira que provavelmente se unirão para formar planetas como o nosso.


Foto: Conhecida também como M42, a Nebulosa de Órion se localiza a 1500 anos-luz da Terra, nos mesmo braço espiral da Via Láctea em que está localizado nosso Sol. M42 é uma gigantesca região de formação estelar, onde enormes massas gasosas submetidas a altíssimas pressões e temperaturas começam a brilhar, dando origem à novas estrelas. Crédito: NASA, ESA, M. Robberto (Space Telescope Science Institute/ESA), the Hubble Space Telescope Orion Treasury Project Team and L. Ricci (ESO)/WWW.APOLO11.COM.

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