Terça-feira, 19 jan 2010 - 09h44
Colocar cargas no espaço requer energia e dinheiro. Aliás, muito dinheiro. Atualmente, mesmo com a redução de custos impostos pela crise mundial, colocar uma carga de apenas 1 quilo em órbita baixa custa pelo menos 10 mil dólares, fora uma centena de outros valores envolvidos no processo. No entanto, uma nova técnica promete reduzir drasticamente esses valores e colocar no espaço cargas a 500 dólares por quilo.
Clique para ampliar A idéia é baseada em um projeto do cientista John Hunter, que em 1992 utilizou um super canhão de 130 metros de comprimento para lançar foguetes supersônicos, mas o novo disparador ultrapassará 1 quilômetro de comprimento.
No momento em que o operador abre a válvula, o hidrogênio quente e pressurizado invade o longo cano e se expande, disparando o projétil em direção ao espaço. Assim que a carga deixa a extremidade, um sistema em forma de íris imediatamente se fecha na ponta do cano, permitindo que 93% do hidrogênio permaneçam confinados e sejam reutilizados. Em vôo, um pequeno foguete entra em operação e insere a carga em órbita baixa.
O calor gerado no disparo seria de curta duração, com o projétil atingindo a atmosfera em menos de 100 segundos. Hunter também acredita que o invólucro precisará ser reprojetado, uma vez que a camada externa deverá queimar com o disparo.
O primeiro disparo será feito em fevereiro, com um protótipo de apenas 3 metros e o teste definitivo com o canhão quilométrico será feito em 7 anos. De acordo com Hunter, o custo estimado para o desenvolvimento é de cerca de 500 milhões de dólares, que apesar de considerável, tem grande potencial de economia a longo prazo, já que o canhão será reutilizável.
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