Segunda-feira, 15 fev 2010 - 08h56
Os americanos que se cuidem: um novo observatório que poderá substituir o telescópio espacial Hubble entrará em operação em 2013. Liderado pela Rússia, o projeto é uma parceria entre a Espanha, Alemanha, Ucrânia e China e foi apresentado na última semana pela Universidade Complutense de Madri, UCM. Segundo a apresentação, o novo equipamento será colocado em órbita a 35800 km de altitude e vai permitir observações sem interferência da atmosfera no comprimento de onda do ultravioleta.
Batizado de World Space Observatory - Ultraviolet, WSO-UV, o novo instrumento permitirá aos astrônomos conhecerem melhor a composição e a distribuição do material intergaláctico, a evolução química do Universo e analisar a atmosfera de outros planetas e estrelas. O Hubble, lançado em 1990, foi o primeiro telescópio no espaço que conseguiu captar imagens de fenômenos jamais registrados. Há menos de um ano, em maio de 2009, uma missão do ônibus espacial Atlantis alcançou o Hubble para realizar trabalhos de concerto e upgrade no telescópio, que corria grande risco de ser desativado depois de quase 20 anos de funcionamento. Depois de restaurado, o telescópio voltou a enviar dados para a Terra e a Nasa pretende mantê-lo em operação até 2014. A Rússia deve atuar depois do fim da missão Hubble e seu telescópio será o único observatório com capacidade para espectroscopia em ultravioleta no seguimento entre 100 nm e 320 nm (nanômetros), impossibilitada de ser feita devido à absorção da atmosfera terrestre. Segundo seus idealizadores, o equipamento deverá funcionar entre 2013 e 2023. O novo observatório contará com um telescópio de 1.7 metros de abertura, que apesar de ser menor que o telescópio Hubble terá maior capacidade de análises espectroscópicas. Segundo informações colhidas no site do projeto, o WSO será equipado com três espectrômetros de alta e baixa resolução fabricados na Alemanha e na China, além de câmeras de alta sensibilidade nos espectros visível e ultravioleta.
Depois de lançado, dois centros vão deverão dividir as operações de controlar o novo telescópio. Um deles será instalado no Instituto de Astronomia da Academia de Ciências Russa e outro na Escola de Estatística da universidade de Madri.
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