Sexta-feira, 13 out 2017 - 08h58
Quando pensamos em vulcões, imediatamente vem à mente aquelas montanhas altas com a típica aparência em forma de cone, muitas vezes jorrando lava incandescente acompanhada de nuvens que se elevam em grande altitude. Mas os vulcões também existem no mar e algumas vezes estão tão fundo que somente com robôs submarinos é que os cientistas conseguem explorá-los.
Imagem mostra uma das chaminés subaquáticas do vulcão submarino na fossa das Cayman
Para chegar até o vulcão, os pesquisadores utilizaram um pequeno robô-submarino conectado por cabo até o navio oceanográfico RRS James Cook, pilotado pelo geólogo Bramley Murton. Segundo Murton, a sensação de explorar a área é como explorar a superfície de outro mundo. "O lugar é repleto de depósitos multicoloridos de minerais e gigantescos aglomerados azuis fluorescentes de micro-organismos. É indescritível". De acordo com o cientista, na base da cadeia alimentar estão as bactérias que tiram proveito do metano e do enxofre que são expelidos continuamente pelas chaminés subaquáticas do vulcão. Ali, a água do mar penetra pelas rachaduras das chaminés e chega até a crosta da Terra. Em algumas estruturas a temperatura pode chegar a mais de 400 graus Celsius, suficientes para derreter metais como o chumbo, mas a elevada pressão 500 vezes maior que da atmosfera, impede que a água entre em ebulição. Mapa mostra a localização da fossa das Cayman, que pode chegar a mais de 7500 metros de profundidade. Crédito: NOAA/National Oceanography Centre.
"Sabemos mais sobre a superfície da Lua e de Marte do que sobre nosso próprio planeta, porque dois terços da Terra são cobertos por oceano. Isso torna sua exploração muito difícil e cheio de entraves que limitam a exploração”, comentou a geofísica Maya Tolstoy, ligada ao departamento de ciências da Terra da Universidade Colúmbia. LEIA MAIS NOTÍCIAS
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