Quarta-feira, 8 set 2010 - 08h45
A agência espacial americana, Nasa, confirmou ontem que dois asteroides recém descobertos estão muito próximos da Terra e atingem a máxima aproximação nesta quarta-feira. Os objetos têm vários metros de comprimento e segundo a agência, não representam risco de colisão.
O primeiro asteroide, batizado de 2010 RX30, de aproximadamente 20 metros de diâmetro, já atingiu o ponto de maior aproximação nesta manhã, às 06h51 pelo horário de Brasília. Segundo Centro de Pesquisa de Objetos Próximos, NEO, ligado à Nasa, o objeto passou a uma distância de 0.6 LD da Terra, o equivalente a 248 mil quilômetros de distância, acima do oceano Pacífico, próximo ao sul do Japão. O segundo asteroide, chamado 2010 RF12, ainda está se aproximando do planeta e deverá atingir o ponto de maior aproximação nesta quarta-feira às 15h12 pelo horário de Brasília. De acordo com os dados do Centro Catalina de Pesquisa do Céu, da Universidade do Arizona, a rocha tem entre seis e quatro metros e chegará a apenas 79 mil quilômetros de distância, acima da Antártida. Ambos os objetos foram detectados pelo Centro Catalina na manhã de 5 de setembro, durante as observações de rotina. Após o alerta, os dados posicionais foram repassados ao Centro de Planetas Menores, da Universidade de Cambridge, que calculou as órbitas dos asteroides e concluiu que os objetos passariam a uma distância inferior à órbita lunar dentro de três dias. Asteroides entre 10 a 20 metros podem atingir a terra a cada 10 anos.
Pelo menos dezesseis desses objetos têm diâmetro maior que 240 km e um deles, o maior de todos, batizado de Ceres(foto), tem um diâmetro de aproximadamente 1000 km. Atualmente é aceito pela maioria dos cientistas que essas rochas são fragmentos de um planeta que não chegou a se formar, mas seus pedaços permanecem orbitando o Sol. Os asteroides não estão presentes apenas no "Cinturão de Asteroides", mas também orbitam outras regiões do sistema solar e já foram descobertos desde o interior da órbita da Terra até para além da órbita de Saturno. A grande maioria no entanto, orbita entre Marte e Júpiter e se ali permanecessem praticamente não representariam riscos. No entanto, diversos mecanismos podem fazê-los sair de suas órbitas, entre eles a colisão entre os próprios objetos ou a forte atração gravitacional de Júpiter, que pode modificar a trajetória e deslocá-los Cinturão para uma nova órbita, capaz de cruzar a órbita terrestre.
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