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Terça-feira, 12 out 2010 - 07h54

Asteroide recém descoberto faz voo rasante próximo à Terra

Um asteroide recém descoberto passou a apenas 45 mil quilômetros da Terra na manhã desta terça-feira. O ponto de menor aproximação foi acima do sudeste da Ásia, próximo a Cingapura e de acordo com pesquisadores estadunidenses não havia chances de impacto.

orbita asteroide 2010 td54

Batizado de 2010 TD54, a rocha foi descoberta no dia 9 de outubro de 2010 pelo Centro Catalina de Pesquisa do Céu, ligado à Nasa e Universidade do Arizona, durante o monitoramento rotineiro do céu. O objeto tem aproximadamente 8 metros e após cruzar as proximidades da Terra seguiu normalmente sua jornada ao redor do Sol. Se um asteroide desse porte entrasse na atmosfera da Terra seria consumido em chamas, sem causar danos à superfície.

2010 TD54 é o terceiro asteroide a se aproximar perigosamente da Terra em pouco mais de um mês. Em Setembro, dois objetos recém descobertos também se aproximaram da Terra em distâncias muito estreitas. Um deles, 2010 RF12, tinha 6 metros e atingiu o ponto de maior aproximação a apenas 79 mil quilômetros de distância, acima do continente antártico.

Segundo o Centro Catalina, asteroides entre 10 a 20 metros de comprimento podem atingir a Terra a cada 10 anos.


De onde vieram?
Asteroides são rochas irregulares e a maioria delas orbita uma região do espaço conhecida como "Cinturão de Asteroides", situada entre Marte e Júpiter. Elas existem aos milhares e por serem muito pequenas, não são considerados planetas.

Pelo menos dezesseis desses objetos têm diâmetro maior que 240 km e um deles, o maior de todos, batizado de Ceres(foto), tem um diâmetro de aproximadamente 1000 km.

Atualmente é aceito pela maioria dos cientistas que essas rochas são fragmentos de um planeta que não chegou a se formar, mas seus pedaços permanecem orbitando o Sol.

Os asteroides não estão presentes apenas no "Cinturão de Asteroides", mas também orbitam outras regiões do sistema solar e já foram descobertos desde o interior da órbita da Terra até para além da órbita de Saturno.

A grande maioria no entanto, orbita entre Marte e Júpiter e se ali permanecessem praticamente não representariam riscos. No entanto, diversos mecanismos podem fazê-los sair de suas órbitas, entre eles a colisão entre os próprios objetos ou a forte atração gravitacional de Júpiter, que pode modificar a trajetória e deslocá-los Cinturão para uma nova órbita, capaz de cruzar a órbita terrestre.


Arte: No topo, gráfico mostra a passagem do asteroide 2010 TD54 a 45 mil km da Terra, Acima, imagem de radar do asteroide Ceres. Créditos: Nasa/NEO/Apolo11.com.

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