Segunda-feira, 13 dez 2010 - 11h12
Observar os satélites durante a noite é uma tarefa bastante interessante e educativa. Além disso, permite compreender que aquelas luzes que vez por outra cruzam o céu não são óvnis ou extraterrestres nos espionando, mas objetos feitos pelos cientistas que se interessam em observar a Terra e também o espaço.
Clique para animar Se as condições meteorológicas permitirem, os moradores das regiões Sudeste e Centro-Oeste poderão apreciar com bastante clareza um desses satélites cruzar o céu na noite dessa segunda-feira. Mas não se trata de um satélite qualquer. Estamos falando do próprio telescópio espacial Hubble, que estará visível para milhões de pessoas que olharem para o céu nesta noite. Movendo-se a 28 mil km/h, o telescópio espacial poderá ser visto por aproximadamente 10 minutos, tempo mais do que suficiente para acompanhar o objeto com bastante tranquilidade. A ilustração acima mostra como será a passagem do telescópio espacial sobre São Paulo. Para entender melhor, clique sobre a imagem para anima-la.
Um minuto depois, às 20h39, o telescópio espacial estará a 40 graus de elevação e só não verá o artefato quem não quiser. Por ser um equipamento de grande porte e de corpo metálico, o Hubble é bastante brilhante durante a noite. Esse brilho é devido à reflexão dos raios de Sol, que apesar de não estar mais iluminando a cidade nessa hora, ainda brilha fortemente na posição em que o telescópio se encontra. A partir desse momento o satélite continuará se elevando cada vez mais, até atingir o ponto mais alto no céu, a 67 graus de elevação. Sua aparência será de uma verdadeira estrela cadente cruzando o céu da cidade. À medida que o satélite se move em direção ao oceano, os raios passam a atingir o telescópio obliquamente e o brilho vai enfraquecendo, até não poder ser mais visto.
No mapa acima, a área mais escura mostra os locais onde já é noite enquanto na região mais clara o sol ainda se faz presente. Em um programa de rastreio, a linha que divide o dia da noite se chama "Greyline ou Terminador. A linha circular azul é chamada de "footprint" e mostra a extensão territorial que você veria se estivesse a bordo do telescópio. O círculo preto marca centro da cidade de São Paulo. Para facilitar os observadores de outras cidades, o Apolo11 conta com um aplicativo chamado Satview, e que permite que o interessado possa rastrear diversos satélite em órbita da Terra. Basta selecionar o satélite de interesse e acompanhar o objeto. Clique aqui para acessar o Satview.
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