Quarta-feira, 13 jul 2011 - 07h35
Cientistas encontram novo quasar há 12.9 bilhões de anos
Quasar é um objeto astronômico muito distante, altamente luminosos e poderosamente energético, dotado de um núcleo galáctico ativo provavelmente formado por um buraco negro. Seu tamanho é maior que o de uma estrela, porém menor do que o mínimo para ser considerado uma galáxia. Clique para ampliar O brilho de um quasar é tão poderoso que permite aos pesquisadores utlizarem suas emissões como verdadeiros faróis cósmicos que ajudam a estimar distâncias astronômicas e podem auxiliar na investigar do período do Universo em que as primeiras galáxias estavam se formando. Utilizando imagens do Very Large Telescope, VLT, no Chile, astrônomos europeus detectaram o mais distante quasar descoberto até hoje. Segundo os pesquisadores, o objeto é provavelmente alimentado por um buraco negro 30 bilhões de vezes mais massivo que o Sol. Batizado de ULAS J1120+0641, sua radiação eletromagnética levou cerca de 12.9 bilhões de anos para chegar até os telescópios em Terra. Considerando-se que a explosão primordial que deu origem ao Universo tenha ocorrido há 13.67 bilhões de anos, é correto afirmar que o objeto estudado retrata o período quando o Universo tinha apenas 770 milhões de anos. Embora objetos mais distantes já tenham sido observados, este quasar recém-descoberto é centenas de vezes mais brilhante que seus antecessores. Entre os objetos suficientemente brilhantes para serem estudados em detalhes, este é claramente o mais longínquo. Até agora, o quasar mais distante que havia sido observado remonta ao período de 870 milhões depois do Big Bang. Objetos similares e mais distantes não são visíveis no comprimento de onda da luz visível, já que o desvio para o vermelho devido à expansão do Universo desloca a radiação emitida para a região do infravermelho. Para observa-los são utilizados telescópios como o UKIDSS (sigla para European Infrared Deep Sky Survey), situado no Hawaii “Demoramos cinco anos para encontrar este objeto. Estávamos à procura de um quasar com um desvio para o vermelho maior que 6.5 e encontrar um que está tão longe, com um desvio maior que 7, foi uma surpresa fantástica", disse Bram Venemans, um dos autores do estudo. "Este quasar possibilita-nos um olhar realmente profundo no período anterior ao primeiro bilhão de anos, fornecendo uma grande oportunidade para explorar uma janela de 100 milhões de anos na história do cosmos e que se encontrava anteriormente fora do nosso alcance”, disse o cientista.
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