Quarta-feira, 31 ago 2011 - 07h23
Estrela explode e poderá ser observada durante semanas
Recentemente, uma notícia surpreendente fez centenas de astrônomos amadores e profissionais voltarem seus telescópios para a região da galáxia do catavento M101. E não era para menos. Ali, sem dar qualquer aviso prévio, uma estrela muito maior que nosso Sol explodiu, em um dos eventos mais energéticos do Universo.
![]() Clique para Ampliar Batizada de supernova PTF 11kly, o objeto foi descoberto através de imagens captadas pelo telescópio robótico de 1200 milímetros Samuel Oschin, localizado em Monte Palomar, na Califórnia. O instrumento faz parte do complexo Palomar Transient Factory (PTF), que tem como objetivo vasculhar automaticamente o céu em busca de novos objetos. A rápida detecção de PTF 11kly a torna uma das supernovas que mais rapidamente foram registradas após a ignição. Além disso, por se localizar a apenas 27 milhões de anos-luz da Terra faz com que seja uma das mais próximas supernovas observada em décadas. As primeiras observações demonstraram que 11kly PTF é uma supernova do tipo Ia, uma subcategoria de explosão produzida por uma estrela do tipo anã-branca, com até 10 massas solares. Por apresentarem luminosidade bastante estável, as supernovas desse tipo são usadas como "velas padrão" para medir a distância entre as galáxias, já que a magnitude aparente das supernovas depende principalmente da distância em que se encontram. ![]() Se as primeiras indicações estiverem corretas, PTF 11kly deve brilhar durante várias semanas próxima da magnitude 10, tornando-se possível observa-la com telescópios de tamanho moderado. Sua posição celeste é: Ascensão Reta 4h 03m 05.8s, Declinação: +54° 16' 25? ou a cerca de 4.4 arco minutos do sul de M101.
A fusão nuclear continua mesmo após a exaustão do hidrogênio, produzindo elementos pesados em diferentes camadas. O processo continua até que o núcleo estelar se transforme em ferro, quando então outro fenômeno ocorre: devido à descomunal temperatura e pressão, os átomos do ferro também se rompem em seus componentes prótons e nêutrons. Quando isso acontece as camadas superiores ao núcleo desmoronam, lançando ao espaço o resto do material estelar, produzindo um poderoso clarão chamado flash da supernova. A explosão é descomunal. Em poucos dias a supernova libera mais energia que nosso Sol em toda a sua vida. A explosão é tão brilhante que mesmo ocorrendo a centenas de anos-luz de distância pode ser vista da Terra até durante o dia.
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