Segunda-feira, 19 set 2011 - 10h51
Atualização - 27 setembro - Nasa afirma que satélite UARS caiu no PacíficoA agência espacial americana, Nasa, informou que o satélite científico UARS reentrou na atmosfera terrestre acima do oceano Pacífico oriental, ao contrário de informações divulgadas pela imprensa que davam conta que o satélite havia reentrado acima de Alberta, no Canadá.
De acordo com a Nasa, o artefato rompeu a atmosfera à 01h00 pelo horário de Brasília do sábado, dia 24 de setembro, quando rumava em direção à costa oeste do país. Em seu comunicado, a agência afirmou que UARS atingiu o ponto de ruptura acima das coordenadas 14.1 sul e 170.2 oeste, sobre uma grande e remota área do pacífico sobre as ilhas Samoa.
Apesar de não ser possível afirmar com absoluta certeza o momento exato da reentrada, o horário da 01h17 é compatível com relato de moradores de algumas localidades canadenses. Até às 06h24 da manhã de sábado a Nasa não havia se pronunciado sobre a queda do satélite, mas divulgou boletim informando que UARS havia retornado à Terra entre 00h23 e 02h08 BRT, sem precisar om local da reentrada.
Clique para Ampliar O horário dessa previsão tem margem de erro de 90 minutos, o equivalente a 1 órbita completa, e foi calculada pelo Apolo11 tendo como referência o conjunto de elementos orbitais divulgados às 18h00 de sexta-feira. A previsão concorda com a informação divulgada pela Nasa, que acredita que o satélite deverá reentrar na atmosfera no final do dia 23 e início do dia 24, mas não se arriscou a informar o horário. Esse é o último boletim informado pelo Apolo11 sobre a previsão de reentrada do satélite UARS. Novo Boletim será divulgado após a reentrada, possivelmente na manhã de sábado. Todos que quiserem acompanhar a posição do satélite podem fazê-lo através do nosso site Painel Global. , também pertencente ao Apolo11.
Clique para Ampliar Os dados são baseados nos últimos elementos orbitais recebidos na manhã desta sexta-feira e levam em conta o fluxo solar informado até as 23h00 de quinta-feira. O mapa acima mostra as diversas órbitas previstas para a passagem do satélite nos horários estimados para a reentrada.
É muito importante lembrar que essa é uma estimativa calculada e pode sofrer alterações ao longo do dia. De acordo com a agência espacial americana, Nasa, dados mais precisos serão informados com apenas duas horas de antecedência. Olho no céu!
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Essa estimativa russa aponta a reentrada na mesma órbita calculada inicialmente pelo Apolo11.
Para se ter uma ideia, nas primeiras horas de hoje (quinta-feira), uma forte ejeção de massa coronal foi observada na estrela e isso poderá ter impacto significativo nas próximas estimativas da reentrada do artefato. Quando um satélite sem uso ainda tem reservas de combustível, é possível aos controladores fazê-lo rumar a um ponto específico da Terra, normalmente o oceano, tornado a reentrada uma operação bastante segura. No caso do UARS, todo o combustível já está esgotado e o satélite está à mercê das forças da natureza, que o puxam de volta à Terra. Diante de inúmeras variáveis, dizer com certeza onde o satélite cairá não é uma tarefa fácil. No entanto, devido à inclinação da órbita é possível afirmar que todas as localidades inseridas entre as latitudes de 57 N e 57S podem vir a ser o palco da reentrada. O que todos os modelos parecem concordar é que isso acontecerá de fato na sexta-feira, entre às 12h00 e 23h59 pelo horário de Brasília, e o Brasil está na rota. Fique ligado.
Clique para Ampliar Utilizando dados divulgados pelo Comando Estratégico de Operações Espaciais da Base Aérea de Vandenberg, na Califórnia, a Nasa calcula que o satélite de seis toneladas entrará na atmosfera entre os dias 22 e 24 de setembro, mas não informou a possível localização da reentrada. No entender da agência, ainda é muito cedo para estimar o local exato, uma vez que novas observações da atividade solar ainda estão sendo processadas. A possibilidade de reentrada da nave acima da Polinésia Francesa, calculada pelo Apolo11, leva em conta os últimos elementos orbitais divulgados às 06h00 dessa quarta-feira, em conjunto a dados do fluxo solar informado pela Universidade do Colorado, EUA. Para a previsão foi utilizado o software SATevo, largamente empregado por grupos internacionais de monitoramento de satélites. Se a previsão se confirmar, o rompimento da estrutura ocorrerá quando UARS estiver a 134 km de altitude, em ascensão rumo à costa oeste dos EUA, próximo à fronteira com o México. OS fragmentos deverão ser espalhados pelo sul do Pacífico oriental, sobre uma trilha de 1000 km de comprimento.
Se confirmado esses valores, o satélite não deverá se romper sobre território brasileiro, mas novos elementos poderão alterar essa análise. Reentrando às 10h07, os fragmentos deverão arder sobre o Atlântico sul e possivelmente sobre parte da Nigéria.
Clique para Ampliar Os cálculos foram feitos pelo Apolo11, baseado nos últimos elementos orbitais disponíveis na manhã de segunda-feira (19/set) e concordam com a data central de início da queda divulgada pelo Comando Estratégico de Operações Espaciais da Base Aérea de Vandenberg, na Califórnia, que está monitorando a reentrada do satélite. Mais conservadora e baseada nesses mesmos dados, a agência espacial americana, Nasa, divulgou nesta segunda-feira o boletim número 4. Nele, a agência confirma a data central para o dia 23 de setembro, mas admite que a reentrada poderá adiantar ou atrasar em 1 dia. A tolerância da agência americana para a data de reentrada é devido à necessidade de novas avaliações sobre as condições do fluxo solar, que pode aumentar ou diminuir a densidade das altas camadas da ionosfera, retardando ou adiantando a queda do satélite. Se o instante da reentrada calculado pelo Apolo11 se confirmar, o satélite iniciará o ponto de ruptura sobre o leste da Nova Zelândia às 16h00 pelo horário de Brasília e cruzará o sul do Pacífico Oriental durante 19 minutos entre as latitudes 30s e 60s, até tocar a borda da Patagônia Chilena, na América do Sul. Em seguida os detritos espaciais cruzarão durante 4 minutos o cone sul em direção à Argentina. Às 16h23 os fragmentos iniciam sua jornada pelo território brasileiro, cruzando o país desde o Rio Grande do Sul até o Rio Grande do Norte, onde finaliza a passagem às 16h33.
Mesmo com as incertezas desse tipo de cálculo, é possível que restos de lixo espacial de fato sejam vistos sobre o Brasil nas datas apresentadas, por isso é importante lembrar que caso algum fragmento seja encontrado, o melhor a fazer é não tocar no objeto e ligar para a polícia ou Defesa Civil de sua cidade. Segundo as autoridades espaciais dos EUA, a possibilidade de um desses fragmentos atingir alguma pessoa ou propriedade é extremamente baixa e nunca houve qualquer relato de vítima desde o começo da era espacial, nos anos de 1950. Dados estatísticos mostram que a chance de alguma pessoa ser atingida por algum fragmento desse tipo é da ordem de 1 em 3200. LEIA MAIS NOTÍCIAS
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