Apolo11 lança aplicativo para acompanhamento de lixo espacial

O novo aplicativo permite o rastreio em tempo real de diversos satélites e fragmentos ao mesmo tempo, possibilitando que o interessado monitore todos os objetos de modo global e não apenas um de cada vez.

Apesar da maior parte dos objetos serem formados por restos de foguetes usados para colocar os satélites em órbita, outra parte significativa é composta de satélites completos, que em breve deverão atingir o ponto de reentrada e ruptura. Como curiosidade, entre outros objetos encontra-se na lista a Estação Espacial Internacional, que para não se transformar em uma bola de fogo se penetrar na alta atmosfera tem sua altura constantemente elevada.

A previsão de reentrada de satélites desgovernados é uma tarefa bastante complexa e envolve diversos fatores bastante caóticos e imprevisíveis, o que impede uma previsão com muitos dias de antecedência. Assim, datas estimadas em um determinado dia podem não valer mais para o dia seguinte.

Um dos principais fatores que influenciam neste tipo de previsão é a intensidade do fluxo solar, que representa a atividade da estrela em um dado momento. Quanto maior o fluxo solar, mais aquecida se torna a alta atmosfera, o que contribui para um maior ou menor arrasto sobre o satélite.

O modo "reentrada" do Satview utiliza os últimos dados de fluxo solar, que são então inserido em um modelo matemático de decaimento orbital desenvolvido pelo Apolo11, confrontado periodicamente com modelos consagrados para esse tipo de cálculo. O resultado é uma previsão bastante precisa do período de decaimento, com erro menor que 12 horas, o que pode ser considerado excelente para esse tipo de cálculo.

É importante lembrar que embora operacional, o aplicativo ainda está em desenvolvimento e deve apresentar melhorias já nos próximos dias.