Satélite russo desgovernado deve cair nos próximos dias
Atualização: 16 jan - 19h44Militares russos admitem não saberem onde caiu a Phobos-GruntDepois de terem afirmado categoricamente que a sonda Phobos-Grunt havia reentrado na atmosfera sobre o oceano Pacífico na altura da costa do Chile, militares russos admitiram publicamente que não sabem onde ocorreu a queda e citaram o centro-oeste brasileiro como possível local da reentrada.
A informação foi publicada pelo jornal Daily Mail e confirma a hipótese levantada pelo Apolo11-Satview, já que não havia qualquer informação real que confirmasse o local da queda, uma vez que não houve testemunhas e a nave não tinha contato com o centro de controle. Além disso, chamou a atenção a grande precisão na estimativa do momento da queda, com erro de apenas 9 minutos do instante previsto.
Em matéria transmitida pelo canal russo Vesti, o vice-chefe da agência espacial da Rússia, Anatoly Shilov, informou que dados da Roscosmos indicam que o artefato se fragmentou em algum lugar acima do Brasil.
Segundo a agência RIA Novosti, especialistas em balísticas acreditam que a Phobos reentrou em alguma parte da região Centro-oeste. Dados de rastreio do Apolo11-Satview mostram que a sonda passaria sobre essa área do país no momento da reentrada.
Foto: Frame do canal russo Vesti informaram que o local da queda da Phobos-Grunt ocorreu acima da região Centro-oeste do país. Crédito: reprodução Vesti.
Atualização: 15 jan - 17h24 Militares russos dizem que Phobos-Grunt caiu no Pacífico De acordo com a agência de notícias RIA Novosti, citando fontes do ministério da defesa russo, a sonda Phobos-Grunt reentrou na atmosfera terrestre exatamente às 15h45 BRT (17h45 UTC) , sobre as coordenadas 96.4 W e 48.9S, aproximadamente a 1250 quilômetros a oeste da ilha de Wellington, ao largo da costa do Chile.
A informação da queda da nave russa concorda com o modelo de previsão do Comando de Defesa daquele país, que previu que a nave cairia às 15h51. Confirmada a reentrada, o erro de cálculo da instituição será de apenas 9 minutos.
Importante Apesar de não ter por que duvidar do ponto da queda, até o momento não foram divulgados vídeos ou imagens da reentrada. Também não sabemos como o local da ruptura foi estimado, uma vez que a nava não transmitia sinais de telemetria informando a posição.
Atualização: 15 jan - 09h02 Sonda russa Phobos-Grunt pode cair na tarde de domingo Últimos cálculos de decaimento orbital mostram que sonda russa Phobos-Grunt deve reentrar na atmosfera terrestre na tarde desse domingo, concordando com outros modelos de previsão de reentrada que também apontam o período da tarde para a reentrada do satélite desgovernado.
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Errata: No mapa acima, o horário de reentrada previsto pela Aerospace Corporation está assinalado como GMT. O correto é 17h21 BRT.
Pelo modelo de reentrada usado pelo Apolo11-Satview, a hora central da reentrada está prevista para às 17h11 BRT, com erro de 6 horas para mais ou para menos. Nesta janela, a sonda cortará todo o território brasileiro por volta das 16 horas, com chances de queda sobre o Brasil.
Atualização: 14 jan -16h00 Sonda Russa Phobos-Grunt muito próxima do ponto de reentrada Cálculos feitos pelo Apolo11-Satview mostram data central de reentrada às 20h31 BRT de domingo, com erro de +/- 6 horas, quando a nave estiver em ascenção sobre o Oceano Atlântico, próximo à América Central, sobre as coordenadas 96.1 W e 9.7 N.
Informações divulgadas pela agência espacial russa Roscosmos indicam momento central de reentrada às 15h51 de domingo. A margem de erro da Roscomos é de 2h30m. Neste instante a Phobos-Grunt estará sobre o Pacífico Sul, rumo à América do Sul, acima das coordenadas 83.3 W e 44.3 S.
Pelos cálculos do Apolo11-Satview a nave deve reentrar entre 14h30 de domingo e 02h31 de segunda-feira. Números da agência russa mostram que a queda ocorrerá entre 13h21 e 18h21 de domingo.
Atualização: 13 jan - 19h18 Sonda Russa Phobos-Grunt deve cair na Terra no domingo Novas estimativas mostram que a Sonda Phobos-Grunt deve reentrar na atmosfera entre 14h19 de domingo e 23h00 de segunda-feira (16).
Nada menos que seis modelos de decaimento apontam a reentrada para o domingo (15), após às 14 horas. Todos as datas correspondem ao horário de verão.
Atualização: 13 jan - 11h19 Sonda Russa Phobos-Grunt deve cair na Terra no final de semana
Cálculos feitos pelo Apolo11-Satview mostram que a sonda russa Phobos-Grunt deverá iniciar o processo de ruptura a 160 km de altitude, às 22h26 de domingo, dia 15, com erro estimado de 36 horas para mais ou para menos. Isso significa que a janela de reentrada está compreendida entre 10h26 de sábado e 10h26 de terça-feira. Baseado na data central, o ponto de reentrada da Phobos será acima das coordenadas 15.9 W e 48.2 N, sobre o Atlântico Norte quando estiver a caminho da fronteira entre a França e Espanha.
Outros softwares usados para modelagem de reentrada apresentam datas muito próximas. Um dos mais precisos, desenvolvido pela AGI para o governo norte-americano, mostra a Phobos reentrando às 07h13 da manhã de segunda-feira, quando a sonda estiver em orbita descendente sobre a costa da Califórnia. Em ambos os casos, os cálculos foram baseados em dados de fluxo solar 117.
A agência espacial europeia iniciou na quinta-feira uma campanha para acompanhar a queda da sonda Phobos-Grunt e está usando sua rede de radares localizados na Alemanha para colaborar na melhoria dos cálculos de reentrada.
No Brasil Durante as próximas 72 horas a Phobos-Grunt passará diversas vezes sobre o território brasileiro, por isso não se pode descartar que nave reentre na atmosfera sobre o país.
Sugerimos a todos os interessados que consultem os horários de passagem da sonda sobre cada cidade brasileira e mantenham a vigília durante todos os momentos de passagem, principalmente nas horas próximas à data central prevista.
Para rastrear a Phobos-Grunt e saber como observar a nave russa, acesse o SatView. Clique aqui Para saber tudo sobre a missão Phobos-Grunt, clique aqui
A foto acima mostra uma imagem feita a partir de pulsos de radar pelo Fraunhofer Institute for High Frequency Physics and Radar Techniques, da Alemanha. A cena mostra claramente os painéis solares da Phobos-Grunt estendidos (centro) e o tanque de combustível em forma de anel (abaixo). A nave carrega 11 mil quilos de combustível que deverão queimar a 100 km de altitude.
Dia após dia, a sonda russa Phobos-Grunt continua perdendo altitude e de acordo com os últimos cálculos deve reentrar na atmosfera terrestre nos últimos minutos do próximo domingo, dia 15. O objeto está desgovernado e o atrito com a atmosfera deve produzir uma gigantesca bola de fogo de 13500 quilos.
Ainda não é possível saber com exatidão onde e quando a Phobos-Grunt deverá cair, mas cálculos de reentrada feitos pelo Apolo11-Satview mostram que a nave deve atingir o ponto de ruptura às 23h43 do próximo domingo, dia 15, quando a nave estiver em rota ascendente sobre o Pacífico Oriental, rumo à costa oeste dos EUA.
Como todo cálculo de reentrada, valores mais precisos só podem ser obtidos com poucas horas de antecedência e até lá as previsões de hora e local devem mudar diversas vezes. O motivo principal da incerteza é a variação da densidade do ar nas altas camadas da atmosfera provocadas principalmente pela atividade solar e temperatura local e também da resistência térmica dos materiais e junções envolvidos na construção da nave.
O experiente observador de satélites Ted Molczan, ligado ao grupo independente Satobs estima que a Phobos deverá reentrar na atmosfera às 04h00 de domingo, quando estiver em orbita descendente sobre Porto Elisabeth, no extremo sul da África. Segundo o especialista, o erro neste cálculo é de 1.5 dias (36 horas). As divergências confirmam que ainda é muito cedo para prever com exatidão o local de queda do satélite russo.
Com receio de ficarem desacreditadas, as agências espaciais mais importantes nem sequer divulgam suas estimativas. Isso faz do Apolo11-Satview um dos poucos centros de informação científica em todo o mundo que se arriscam a divulgar publicamente as previsões de queda de lixo espacial. Durante a reentrada do satélite norte-americano UARS, em setembro de 2011, o erro de modelagem foi de apenas 5 horas.
Onde vai cair? Mesmo não se conhecendo com exatidão o local de reentrada, é possível afirmar que a Phobos poderá cair em qualquer área do planeta compreendida entre as latitudes 51.4 N e 51.4 S. Isso deixa em estado de atenção as áreas mais populosas da Terra, mas exclui o norte do Canadá, Alasca, Escandinávia, norte da Rússia e Groenlândia, além do extremo sul da América do Sul e Antártida.
A Phobos pesa 13500 quilos, a maior parte deles composta do combustível altamente tóxico. Ao reentrar na atmosfera, quase todo o material será consumido em uma gigantesca bola de fogo, mas 200 quilos de peças mais resistentes deverão sobreviver e atingir a superfície, provavelmente nas áreas oceânicas.
Histórico A Phobos-Grunt foi lançada no dia 8 de novembro de 2011 da base de lançamentos de Baikonur, na Rússia. O objetivo da nave era pousar na lua marciana Phobos, coletar material e retornar à Terra alguns meses depois, mas uma falha ainda desconhecida impediu que os foguetes propulsores fossem acionados sobre o Brasil, impedindo que a Phobos deixasse a orbita da Terra.
Para piorar as coisas, a Phobos não respondia aos sinais enviados pelo centro de controle da missão, próximo à Moscou, o que levantou a possibilidade da nave estar com a antena de comunicação bloqueada ou inoperante. Na tentativa de entender o que tinha acontecido, os engenheiros russos pediram ajuda aos observadores independentes para que fornecessem dados visuais que pudessem colaborar na determinação da posição da nave dentro da orbita.
Diversos avistamentos mostraram que a sonda apresentava variações de brilho durante as passagens, uma evidência de que estava "girando" e não conseguia se manter fixa dentro da orbita. Isso justificaria as tentativas mal sucedidas de contato, uma vez que a antena não se mantinha apontada fixamente em uma única direção.
Utilizando elementos orbitais divulgados pelos EUA, observadores independentes notaram mudanças no shape da órbita e especularam a possibilidade de vazamento de combustível, que estaria impulsionando a sonda e mudando sua altitude. Outra hipótese seria a de que os sistemas de bordo estivessem atuando automaticamente na tentativa de corrigir a altitude e padrão orbital. Essas hipóteses nunca foram comprovadas ou descartadas pelos russos, que não forneceram qualquer dado técnico que pudesse ajudar a entender o ocorrido.
No dia 22 de novembro, a agência espacial europeia, ESA, conseguiu enviar sinais de telecomando à Phobos-Grunt, que respondeu acionando o transmissor de bordo e enviando um pacote de dados telemétricos. Como a sonda estava em órbita muito baixa, a cerca de 240 km de altitude, não houve tempo suficiente para coletar grande quantidade de informações, já que o tempo de passagem sobre a estação receptora era de menos de 7 minutos.
Nas passagens seguintes, quando eram esperados novos blocos de dados nenhum sinal foi recebido.
No dia 1 de dezembro, o centro de controle da ESA, localizado em Darmstadt, Alemanha, anunciou novas tentativas de contato a partir da estação de Maspalomas, nas Ilhas Canárias. Foram enviados comandos à nave durante as passagens das 12h47 UTC e 14h35 UTC com o objetivo de acionar o transmissor de bordo, mas o resultado foi novamente o silêncio, que se perpetua até hoje.
Rastreando a Phobos Apesar da Phobos estar sem comunicação com a Terra, elementos orbitais publicados diariamente pelo Comando de Defesa Estratégica dos EUA, USSTRATCOM, permitem conhecer com bastante precisão a posição da sonda no espaço, permitindo aos observadores independentes um rastreio bastante confiável da sonda.
Atualmente (10 de janeiro), a Phobos está circulando a Terra a uma altitude de perigeu de apenas 165 km, com apogeu de 204 km. Estima-se que nas próximas 24 horas o apogeu também caia abaixo de 200 km. O período orbital é de 88.2 minutos, fazendo a sonda completar 16.3 orbitas a cada dia. A velocidade é de 27.900 km/h.
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Mídia: No topo, gráfico mostra a zona de reentrada da Phobos-Grunt, colocando os maiores centros populacionais na mira do lixo espacial. Acima, vídeo registrado pelo internauta Jamil Vila Nova mostra a sonda russa cruzando o céu do Guarujá, litoral de São Paulo, em 3 de janeiro de 2012. Créditos: Apolo11.com, Jamil Vila Nova.
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