Sexta-feira, 16 ago 2013 - 10h46
Por Rogério Leite
Na medida em que o periélio do cometa ISON se aproxima, mais começa a chamar a atenção e as primeiras tentativas de registra-lo já começam a dar resultados. O cometa está acima do horizonte nas pré-manhãs, mas ainda é um alvo visual muito difícil para os simples mortais.
Clique para ampliar Não é exagero dizer que C/2012 S1 ISON pode ser o Cometa do Século. Afinal, no dia 28 de novembro o objeto passará a apenas 1.1 milhão de km da superfície do Sol e se as expectativas se confirmarem poderá brilhar mais que a Lua Cheia. Naturalmente, isso não acontece todos os dias. O problema é que essa data está se aproximando e devido à sua posição no espaço ISON não pode ser visto com facilidade, pois está bastante ofuscado pela luz solar. Para registra-lo é preciso ter um telescópio de grande porte e ainda assim exige técnicas avançadas de astrofotografia para vê-lo. ISON está disponível no céu nas pré-manhas e nasce um pouco antes do Sol, o que significa que ainda está praticamente colado ao horizonte quando os primeiros raios de luz começam a iluminar a alta atmosfera. O resultado é que o céu não está escuro o suficiente para vê-lo com facilidade. Clique para ampliar A imagem acima foi feita pelo astrônomo amador Bruce Gary, no Arizona e foi registrada no dia 12 de agosto através de um telescópio de 280 milímetros equipado com câmera especial para astrofotografia. Mesmo com um equipamento de boa qualidade, ISON ainda aparece muito tênue, 6 graus acima do horizonte. Segundo Gary, o cometa aparenta estar na magnitude 14, ligeiramente menos brilhante que o esperado, mas cinco vezes mais forte que na metade de maio, quando já apresentava grandes dificuldades para observação. Apesar de ainda ter muito tempo para aumentar de brilho até o momento da máxima aproximação, as previsões mostram que ISON pode não atingir o fantástico brilho previsto ainda no início do ano. Para Gary e seus colegas, pelo andar da carruagem ISON não deverá brilhar mais que a magnitude zero quando estiver próximo ao periélio. Em termos práticos isso significa que ISON brilhará como uma estrela, muito distante do fulgor de uma Lua esplendorosa. Apesar desta previsão não ser muito animadora para os astrônomos de plantão, até o periélio de novembro muita coisa ainda pode acontecer. Bons céus!
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