Quinta-feira, 19 set 2013 - 10h22
Por Rogério Leite
As incertezas sobre a distância mínima que o cometa C/2013 A1 se aproximará de Marte em 2014 está obrigando as agências espaciais a criarem planos de manobras para os satélites na órbita do Planeta Vermelho. O objetivo é diminuir os riscos de colisão contra as partículas cometárias.
Clique para ampliar Atualmente, três sondas estão orbitando o planeta Marte: as estadunidenses Odyssey e Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) e a europeia Mars Express. Além dos orbitadores, a Nasa também possui os jipes-robôs Curiosity e Opportunity, que estudam o planeta a partir do solo. Apesar de os cálculos mostrarem que o cometa C/2013 A1 Siding Spring não se chocará contra a superfície marciana, as incertezas sobre a menor distância da aproximação estão trazendo uma série de dúvidas sobre a implementação das manobras a serem feitas para reduzir o risco de colisão das naves contra a poeira cometária. Os números apontam para uma passagem rasante situada entre 66 mil e 194 mil km da superfície, uma margem de erro bastante grande para que os engenheiros das missões possam determinar onde seria o melhor local para posicionar as sondas. "Essa aproximação promete ser muito emocionante", disse Michael Meyer, cientista-chefe para o programa de exploração em Marte junto à Nasa. Mayer também admite que os dados não são muito consistentes. "Com toda a honestidade, ainda não sabemos muito sobre essa passagem e que tipo de cálculo pode ser feito para minimizar os impactos", disse ele. Para o pesquisador, a esteira de fragmentos de C/2013 A1 Siding Spring apresenta riscos reais para os orbitadores e os planos para reorientação das naves estão em andamento. No entender do cientista, existem chances de impactos contra as sondas, mas se é 10 por cento, 1 por cento ou 0,1 por cento ninguém ainda sabe.
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