Segunda-feira, 26 mai 2014 - 10h54
Por Rogério Leite
Se você estava se lamentando por morar no hemisfério sul e não ter visto a gigantesca chuva de meteoros provocada pelo cometa 209P, não fique triste. Como previsto, a Terra passou dentro da nuvem de fragmentos, mas quase ninguém viu os meteoros. Por quê?
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Observadores situados no hemisfério norte contaram que no momento do ápice da chuva camelopardalídeas (ou girafídeas), ocorrida por volta das 07h00 UTC (04h00 pelo horário de Brasília) a quantidade de meteoros observados não chegou nem a 20 fragmentos por hora. No entanto, diferente das observações visuais, detecções feitas por ondas de rádio por um grupo de pesquisadores Belgas comprovaram que durante o momento máximo do evento a Terra foi bombardeada por um número muito maior de objetos, que em alguns instantes chegaram a mais de 120 impactos por hora contra a alta atmosfera. Clique para ampliar
Clique para ampliar Sondagens feitas pela Canadian Meteor Orbit Radar revelaram que a maior parte dos ecos de radar foram provocados por partículas muito pequenas, com massa da ordem de miligramas. Dado as pequenas dimensões, o brilho resultante da entrada na atmosfera oscilou entre as magnitudes 6 e 7, praticamente impossíveis de serem vistas pelo olho humano. Em outras palavras, os meteoros ocorreram, mas brilharam tão fraco que não puderam ser observados.
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