Sexta-feira, 13 nov 2015 - 08h45
Por Rogério Leite
Cientistas tentam registrar a reentrada de objeto desconhecido
Se a modelagem estiver correta, o enigmático objeto WT1190F pode ter reentrado na atmosfera acima do Sri Lanka nesta madrugada. Diversas missões científicas tentaram coletar dados, mas até agora não há qualquer registro do evento.
![]() Wt1190f registrado pelo Centro Catalina Sky Survey - Clique para ampliar De acordo com o Centro Catalina de Vigilância do Céu, da Universidade do Arizona, WT1190F deveria ter se chocado contra a alta atmosfera da Terra as 06h19 UTC, 04h19 BRST, quando estivesse cruzando o céu ao sul ao Sri Lanka. Objeto desconhecido deve atingir a Terra em novembro Até agora ninguém sabe do que se trata esse objeto, que tinha uma orbita extremamente inclinada e apogeu de mais de 600 mil km de altitude. Tudo que se sabe até agora é que se trata de um objeto construído pelo Homem e que deve ter servido em alguma missão lunar ou interplanetária. ![]() Mohammad Odeh (de vídeo headset) e Khalfan Al-Noimy, do Centro Astronômico Internacional testam alguns dos instrumentos usados no registro espectrográfico do evento. Levando em consideração o shape da orbita e velocidade de decaimento orbital, provavelmente era constituído de material muito leve, com densidade 10 vezes menor que a da água. Cálculos de regressão orbital feitos pelo centro Catalina mostrou que WT1190F estava no espaço desde 2013 ou pouco antes, o que descartaria a possibilidade de ser parte de algum tanque de combustível de foguetes usados nas missões Apollo, entre as décadas de 1960 e 1970.
As aeronaves estavam transportando cientistas e carregando instrumentos científicos de diversas instituições, elas o Instituto SETI, Universidade de Sttuttgart e NASA. ![]() Peter Jenniskens, ligado ao Instituto Seti e Centro de Pesquisa AMES, da NASA, operou onze câmeras grande angulares e duas câmeras espectrográficas. O objetivo é aumentar as chances de detecção caso outras opções de registro falhem. O objetivo das missões era tentar registrar a queima durante a reentrada e assim coletar assinaturas espectrais de algum material específico que possa ajudar na identificação do objeto. Devido ao horário previsto e caso tenha acontecido, a reentrada se deu em plena luz do dia, o que tornou a tarefa de coletar os dados um verdadeiro desafio. É importante destacar que talvez nunca se saiba o que era o estranho objeto WT1190F, mas sua detecção, acompanhamento e reentrada serviram para testar e aplicar novas tecnologias que serão usadas em outras ocasiões e que de outra forma levariam mais tempo para serem avaliadas. Como dizia Sr. Spock, "fascinante"! LEIA MAIS NOTÍCIAS
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