Sexta-feira, 2 set 2016 - 09h22
Por Rogério Leite
De acordo com pesquisadores russos, a emissão registrada há cerca de 1 ano e alardeada nos últimos dias como possivelmente extraterrestre foi provavelmente provocada por um satélite militar não catalogado.
O radiotelescópio Ratan-600 tem 576 metros de diâmetro e é operado pelo Observatório de Astrofísica da academia de ciências da Rússia. A informação é da cientista Yulia Sotnikova, principal investigadora dos dados registrados pelo radiotelescópio Ratan-600, instalado no norte do Cáucaso e operado pela academia de ciências da Rússia. De acordo com o comunicado, o sinal detectado foi provavelmente causado pela passagem de algum satélite russo de orbita média, não catalogado, e que cruzou um dos lóbulos laterais de recepção da antena do Ratan-600. Não se trata de emissão eletromagnética direta, mas de um espúrio ou sinal parasita que caiu na frequência de 11 gigahertz. A possibilidade sobre o sinal alien ser na verdade alguma interferência de origem satelital já havia sido levantada por cientistas estadunidenses ligados ao Projeto SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence). No entender dos especialistas, a largura de banda dos receptores do Ratan-600 é extremamente grande, o que permite que sinais harmônicos, parasitas ou espúrios sejam captados com facilidade. Além disso, se o sinal fosse de origem extraterrestre seria fatalmente captado por outras antenas e isso não aconteceu, apesar de durar quase 2.5 segundos.
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