Sexta-feira, 23 set 2016 - 09h25
Por Rogério Leite
Registrar a cromosfera solar é uma tarefa bastante difícil, pois exige equipamentos caros e específicos. No entanto, as cenas obtidas são simplesmente encantadoras e geralmente revelam admiráveis manifestações de energia.
A cena mostrada foi registrada pelo astrônomo amador Pete Lawrence, de Chichester, no Reino Unido. A imagem é um primor de qualidade técnica e revela uma extraordinária proeminência que chega a atingir mais de 75 mil quilômetros de altura, além da escaldante cromosfera solar borbulhando a tórridos 10 mil Kelvin.
Sol registrado pelo Apolo11: a cena foi registrada na manhã de quinta-feira, 16 de abril de 2015, com auxílio de um telescópio especial, capaz de registrar o Sol no comprimento de onda h-alpha. Neste seguimento do espectro observa-se a cromosfera solar, onde o hidrogênio da estrela atinge mais de 10 mil graus de temperatura. Ao todo, a animação compreende 90 minutos da atividade do Sol. O intenso campo magnético mantém o plasma confinado, mas devido a uma série de fatores relacionados à dinâmica solar, o plasma pode se liberar do aprisionamento e ejetar parte de sua massa em direção ao espaço. Quando a velocidade da ejeção não é forte o suficiente para escapar do domínio gravitacional do Sol, o plasma ejetado retorna à superfície na forma de uma chuva incandescente. Uma proeminência pode se formar em apenas um dia e se manter estável por longos períodos. A massa de gás contida dentro de uma proeminência é tipicamente da ordem de 100 bilhões de toneladas de matéria.
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