Segunda-feira, 15 jan 2018 - 09h53
Por Rogério Leite
Com o propósito de atualizar sua constelação de satélites ambientais, a Administração Oceânica e Atmosférica dos EUA, NOAA, encerrou as operações do satélite GOES-13. As imagens estão sendo substituídas pelas do poderoso satélite GOES-16, mas a interrupção pegou muita gente de surpresa.
Imagem de satelite registrada pelo satelite GOES-16 no comprimento de onda de 6.9 micrometros. A interrupção do fornecimento de dados do GOES-13 ocorreu nos primeiros minutos de 8 de janeiro, após mais de 10 anos de transmissão ininterrupta de imagens da Terra. Embora a substituição fosse de conhecimento de todos os que lidam com imagens ambientais, ela pegou muita gente de surpresa, que esperava que a interrupção total acontecesse somente em março, quando os EUA lançarão o irmão gêmeo GOES-S. O resultado da interrupção foi bastante sentido por meteorologistas em todas as partes do mundo, inclusive no Brasil, que usavam as imagens do GOES-13 na análise das movimentações de massa de ar, frentes frias e deslocamentos de tempestades. O Apolo11 recebeu muitos emails de pessoas que usavam as imagens disponíveis no site, questionando por que as imagens de satélites estavam paradas. "A verdade é que pouca gente se preparou para essa interrupção. Oficialmente, as imagens foram desligadas no dia 31 de dezembro, mas até o dia 8 de janeiro ainda estavam disponíveis", disse Rogério Leite, diretor do portal Apolo11. Segundo Leite, o site deverá repor as imagens nos próximos dias, já que todos os scripts usados para recebimento oficial dos dados estão sendo refeitos. O GOES-16 é capaz de imagear a Terra em 16 comprimentos de ondas diferentes, que combinados poderão fornecer importantes dados sobre a atmosfera da Terra. Uma das imagens mais importantes geradas pelo GOES 16 é aquela obtida pelo sensoriamento na banda de 6.9 micrômetros, uma das três faixas de vapor de água do meio troposférico. Neste comprimento de onda, dentro do infravermelho, é possível "enxergar" e rastrear o vapor de água em nível médio e superior, identificar correntes de vento (jet stream) e estimar as temperaturas das camadas altas e baixas da atmosfera, além de obter importantes para a previsão de formação de furacões. "A imagem da banda de 6.9 micrômetros será a que publicaremos no Apolo11. Ela será animada e atualizada de hora em hora e permitirá aos nossos usuários acompanharem as condições climáticas da Terra quase instantaneamente", explicou Leite. LEIA MAIS NOTÍCIAS
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