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Quinta-feira, 21 jan 2021 - 10h13
Por Rogério Leite

Astrônomo amador registra cometa durante o eclipse total do Sol

Enquanto o mundo todo acompanhava o fantástico eclipse total do Sol, em dezembro de 2020, um astrônomo amador foi um pouco mais além e conseguiu registrar durante a fase da totalidade um cometa mergulhar e se desintegrar contra a superfície do Sol.

Foto feita pelo astrônomo amador Andreas Möller, mostra o cometa C/2020 X3 (SOHO), registrado durante o eclipse total do Sol, em 14 de dezembro de 2020. A foto foi feita a partir da cidade de Piedras del Aguila, Argentina.
Foto feita pelo astrônomo amador Andreas Möller, mostra o cometa C/2020 X3 (SOHO), registrado durante o eclipse total do Sol, em 14 de dezembro de 2020. A foto foi feita a partir da cidade de Piedras del Aguila, Argentina.

O registro, bastante difícil e raro, foi feito pelo astrônomo amador Andreas Möller que havia visto, o cometa no dia anterior, através das imagens registradas pelo telescópio espacial SOHO.

O objeto, batizado de C/2020 X3 (SOHO), pertence à família cometária Kreutz, composta de uma série de fragmentos de um grande cometa que se partiu há mais de 2 mil anos. Esses fragmentos recebem o nome de sungrazer, que em tradução livre significa "aquele que mergulha no Sol".

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Avisado pelo astrônomo amador tailandês Worachate Boonplod, que sabia que o cometa estava literalmente mergulhando no Sol, Möller e outros colegas se prepararam para registrar o evento no dia seguinte, a partir da localidade de Piedras del Aguila, Argentina.

No momento exato da totalidade Möller iniciou os registros e fez uma série de composições astronômicas com 65 frames, posteriormente processados. O resultado final é a foto mostrada acima, que revela o cometa C/2020 X3 (SOHO) mergulhando contra o Sol a nada menos que 720 mil km/h.

Cometa C/2020 X3 (SOHO) em imagem feita pelo telescópio espacial SOHO, no dia do eclipse total de 14 de dezembro de 2020.
Cometa C/2020 X3 (SOHO) em imagem feita pelo telescópio espacial SOHO, no dia do eclipse total de 14 de dezembro de 2020.


Algumas horas após o eclipse, o cometa de 150 metros de diâmetro se desintegrou, pulverizado pelo calor escaldante da estrela.


Família Kreutz
Diariamente, diversos desses fragmentos da família Kreutz passam próximo ao Sol e se desintegram, mas como a maioria é muito pequena acabam por passarem despercebidos. Entretanto, alguns pedaços maiores chamam a atenção e são detectados pelo telescópio e vistos pelos observadores das imagens.

Os objetos da família Kreutz foram assim batizados após terem sido descobertos por um jovem astrônomo chamado Dirk Peeters Kreutz, no século 19.

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