Quarta-feira, 5 out 2022 - 09h39
Por Rogério Leite
No dia 4 de outubro de 1957, uma pequena esfera de 50 centímetros fazia história. Naquela data, a antiga União soviética colocava em orbita o Sputnik, primeiro satélite artificial da Terra. Seu inconfundível beep podia ser captado em todo o planeta. Era inconfundível, aterrorizante e simplesmente fantástico.
O lançamento do Sputnik, "companheiro" em russo, representaram na época um feito sem precedentes, um verdadeiro monumento à inteligência humana e confirmou diversas bases teóricas desde as formulações de Isaac Newton, no século 17, até os cálculos e experimentos do russo Konstantin Tsiolkovsky, considerado o "pai dos foguetes", e do norte-americano Robert Goddard, no início do século 20.
Cientista russo unspeciona o satélite Sputnik antes de ser lançado, em outubro de 1957. O AGY coincidiu com o período de máxima atividade solar. Na ocasião, cientistas de 67 nações trabalharam em conjunto, realizando uma grande variedade de experimentos e observações, partilhando dados e resultados. O período marca a maior série de descobertas das características da Terra e do espaço, entre elas a descoberta dos Cinturões de Radiação de Van Allen. O objetivo principal do AGY era o estudo da meteorologia, geomagnetismo, sismologia, oceanografia, radiação cósmica, ionosfera, glaciologia, paleoclimatologia, além de pesquisas biológicas e geológicas.
Do lado russo, a história do Sputnik mescla-se com a determinação quase fanática do principal cientista do projeto, o engenheiro russo Sergei Korolev, mais tarde levado ao posto de engenheiro-chefe do programa espacial soviético pelo então líder Nikita Khrushchev. Para piorar a situação, o terrível Sputnik, que dava uma volta ao redor do mundo a cada 90 minutos, podia ser ouvido por qualquer mortal, emitindo seu assustador bip na frequência de 20 MHz. A escolha dessa frequência não foi por acaso e de acordo com alguns analistas, teve dois motivos. 20 MHz era, e ainda é, uma frequência próxima da grande maioria das estações de radiodifusão de ondas curtas, que na época eram muito populares. Além disso, podia ser captada por radioamadores, ansiosos em acompanhar o movimento do satélite. Dessa forma, de uma só vez os russos diziam ao mundo que estavam por perto e ao mesmo tempo contavam com uma grande rede de interessados em telecomunicações, que podia, sem nenhum custo, fornecer valiosas informações sobre a posição do satélite e propagação de sinais. Em curto espaço de tempo, os russos mostraram que era possível colocar em órbita um satélite artificial e mais importante ainda, que era possível colocar seres vivos no espaço. LEIA MAIS NOTÍCIAS
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