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Terça-feira, 1 nov 2022 - 10h23
Por Rogério Leite

Cientistas confirmam: buraco na camada de ozônio continua em retração

Um dos maiores indicadores do despejo de poluentes químicos na atmosfera, o buraco na camada de ozônio sobre a Antártida atingiu em 2022 uma área média de 23,2 milhões de quilômetros quadrados, confirmando a tendência geral de retração observada nos últimos anos.

Esse mapa mostra o tamanho e formato do buraco na camada de ozônio sobre o polo sul terrestre em 5 de outubro de 2022, quando atingiu o maior tamanho em um único dia no ano. Crédito: NASA Earth Observatory/Joshua Stevens
Esse mapa mostra o tamanho e formato do buraco na camada de ozônio sobre o polo sul terrestre em 5 de outubro de 2022, quando atingiu o maior tamanho em um único dia no ano. Crédito: NASA Earth Observatory/Joshua Stevens


Em 2004, a área desprovida de proteção aos raios ultravioleta sobre a Antártida atingiu 24 milhões de quilômetros quadrados e segundo a Nasa, o maior tamanho registrado foi em 1998, quando o buraco de ozônio passou dos 26 milhões de quilômetros quadrados, medidos desde as primeiras observações por satélite, em 1979.


Camada de Ozônio
A camada de ozônio situa-se aproximadamente a 25 km de altitude, dentro da estratosfera terrestre. Essa camada age como um filtro solar que impede que níveis elevados de raios ultravioleta atinjam a Terra aumentando significativamente os riscos de câncer de pele, cataratas e danos à vida marinha.

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O buraco na camada de ozônio foi reconhecido pela primeira vez em 1985 e sua diminuição é causada pela presença de elementos que destroem o ozônio, como a clorina e o brometo de metilo, mas principalmente pelos gases originados de produtos criados pelo homem, como os clorofluorcarbonos ou CFCs, usados na produção de aerossóis, refrigeradores e produtos de limpeza.

Em 1987, graças ao Protocolo de Montreal, os países signatários se comprometem a substituir as substâncias que reconhecidamente causam danos à camada de ozônio e apesar de ainda estarem presentes na atmosfera, sua concentração vem diminuindo com o passar do anos.


Buraco de Ozônio Diminuindo
“Com o tempo, um progresso constante está sendo realizado em escala global e o buraco está ficando menor”, disse Paul Newman, cientista-chefe de ciências da Terra ligado ao Goddard Space Flight Center, da NASA. “Temos observado Vemos algumas oscilações à medida que as mudanças climáticas e outros fatores fazem os números oscilarem um pouco de dia para dia e de semana para semana, mas no geral vemos isso diminuindo nas últimas duas décadas", explicou Newman.

Formas quimicamente ativas de cloro e bromo na atmosfera, derivadas de compostos produzidos pelo homem, ligam-se a nuvens polares de alta altitude a cada inverno no hemisfério sul. O cloro e o bromo reativos iniciam então reações destruidoras de ozônio à medida que o Sol nasce no final do inverno na Antártida.


Medições da Camada de Ozônio
A camada de ozônio é medida através de Unidades Dobson (DU) e é calculada medindo-se a área e a profundidade da camada em determinada região. Um buraco é definido quando os níveis na região avaliada situam-se abaixo de 220 unidades Dobson. Essa unidade descreve a espessura da camada de ozônio contida em uma coluna diretamente acima de um ponto qualquer, a 0ºC e sob a pressão de uma atmosfera. Um valor de 300 Unidades Dobson equivale a uma camada de ozônio de 3 milímetros de espessura.

Atualmente, para fazer as medições os pesquisadores utilizam instrumentos a bordo dos satélites Aura, Suomi NPP e NOAA-20.


Erupções vulcânicas
A erupção do Monte Pinatubo em 1991 liberou quantidades substanciais de dióxido de enxofre que amplificou rapidamente a destruição da camada de ozônio. Temendo o mesmo, recentemente, alguns cientistas estavam preocupados com possíveis impactos estratosféricos da erupção de janeiro de 2022 do vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha apai. No entanto, nenhum impacto direto de Hunga Tonga foi detectado nos dados estratosféricos sobre a camada na Antártida.

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