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Segunda-feira, 21 jun 2021 - 10h28
Por Rogério Leite

Cientistas preveem que evento de encerramento solar pode ser iminente

O atual ciclo solar 25 é avaliado pelos pesquisadores como tendo começado em dezembro de 2019, mas uma nova teoria afirma que este ciclo ainda não começou e seu início depende do chamado evento de encerramento ou terminação, que pode ocorrer a qualquer momento. Se a teoria estiver certa, o ciclo solar 25 deve começar em breve e com muito mais atividade que o previsto.

Mancha solar AR2192, formada na superfície do Sol outubro de 2014. AR2192 foi uma das maiores manchas já observadas, com cerca de 15 vezes o tamanho da Terra em extensão.
Mancha solar AR2192, formada na superfície do Sol outubro de 2014. AR2192 foi uma das maiores manchas já observadas, com cerca de 15 vezes o tamanho da Terra em extensão.

Como se sabe, um ciclo solar dura entre 10 e 14 anos, com média aproximada de 11 anos. Este ciclo é chamado de Ciclo de Schwabe, durante os quais o número de manchas solares na superfície da estrela aumenta e diminui.

Baseado na contagem das manchas solares observadas, cientistas de clima espacial da NASA e NOAA realizaram diversas modelagens e concluíram que deverá ser um ciclo de fraca atividade. No entanto, físicos do Centro para Pesquisas Atmosféricas, NCAR, propuseram uma teoria diferente, baseada no magnetismo do Sol e no ciclo de Hale, um ciclo magnético completo do Sol, que dura cerca de 22 anos.

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De acordo com os pesquisadores do NCAR, quando as bandas magnéticas na faixa equatorial do Sol colidem, ocorre o que eles chamam de evento de terminação, que culmina com a encerramento da atividade magnética nesta região da estrela. Com base nas pesquisas sobre os ciclos solares anteriores, este é o evento mais importante que determina a magnitude do ciclo solar e também quando eles começam e terminam. E segundo os pesquisadores, por esse critério o ciclo solar 25 ainda não começou.

De acordo com Scott McIntosh, vice-diretor do NCAR, se o “evento de rescisão” acontecer em breve, poderá ajudar a validar esta nova teoria e também marcar o novo ciclo solar 25 como um dos mais ativos já observados.

“Os dados registrados por satélites e em superfície mostram que estamos no limite desse momento, mas ainda há pequenos eventos transitórios do ciclo 24 surgindo no equador solar, alguns deles durando horas”, explicou McIntosh.

Segundo o pesquisador, os "eventos de rescisão" provaram ser fáceis de encontrar em quase 270 anos de dados históricos. Eles permitiram aos cientistas afirmar que o ciclo solar 23 não terminou até 2011, tornando o ciclo solar 24 muito curto. Além disso, as tendências históricas sugerem que ciclos solares mais curtos são seguidos por ciclos mais ativos.

Polêmica e Controvérsia
McIntosh afirma que a nova teoria pode ser polêmica na visão de alguns pesquisadores, mas o estudo está baseado em dados verificáveis e testáveis. Para o cientista, a controvérsia surge da afirmação de que as bandas magnetizadas dos ciclos de Hale sobrepostos na região equatorial interagem fortemente para moldar a produção das manchas solares. Entretanto, o conhecimento convencional atual diz que essas bandas magnetizadas estão presas nos fluxos do interior do Sol e não têm efeito no ciclo solar.

"A física solar é uma ciência muito recente e também mal compreendida e importância da interação de vários ciclos observados não está totalmente estudada. Estamos usando marcadores observacionais em escalas menores do que as manchas solares para mostrar que elas nos mostram apenas metade da evolução do ciclo de Hale”, disse McIntosh.


Ciclo de Schwabe
Como se sabe,os ciclos solares duram em média 11 anos e durante este período apresenta momentos de alta e baixa atividade. Nem todos os ciclos são iguais, sendo que alguns são intensos e apresentam muitas manchas e explosões solares, enquanto Outros, como o atual ciclo Solar 25 ou o anterior, são praticamente calmos e quase sem manchas.

Esse período é chamado ciclo de Schwabe e desde que as observações começaram a ser feitas já foram contados 24 ciclos até o ano de 2019.

Durante o período de maior atividade, chamado "máximo solar", grandes manchas e intensas explosões ocorrem quase diariamente. As auroras surgem nas latitudes médias e violentas tempestades de radiação danificam os satélites em órbita. A última vez que isso ocorreu com tal intensidade foi entre os anos de 2000 e 2001.

No "Mínimo Solar" ocorre o contrário. Quase não existem flares solares e podem passar semanas sem que uma única mancha quebre a monotonia do disco solar. É exatamente esse o momento atual que estamos passando.

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