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Quarta-feira, 29 jun 2022 - 09h44
Por Rogério Leite

Nasa lança mini satélite para testar orbita inédita ao redor da Lua

A agência espacial americana lançou ontem (28/jun) um pequeno satélite considerado "desbravador" pelos engenheiros. A nave está a caminho da Lua e se tudo der certo, orbitará nosso satélite natural em uma orbita inédita, que será usada no futuro pela Estação Espacial lunar Gateway.

A nave 'CAPSTONE' foi lançada no topo de um foguete Electron, da empresa Rocket Lab, a partir do Complexo de Lançamento Rocket Lab 1, situado na Península Mahia, na Nova Zelândia.
A nave 'CAPSTONE' foi lançada no topo de um foguete Electron, da empresa Rocket Lab, a partir do Complexo de Lançamento Rocket Lab 1, situado na Península Mahia, na Nova Zelândia.

A missão, batizada "CAPSTONE" foi lançada na terça-feira às 08h55 BRT no topo de um foguete Electron, da empresa Rocket Lab, a partir do Complexo de Lançamento Rocket Lab 1, situado na Península Mahia, na Nova Zelândia.

CAPSTONE significa Cislunar Autonomous Positioning System Technology Operations and Navigation Experiment, algo como Experimento Cislunar de Tecnologia de Operações de Navegação e Posicionamento Autônomos.

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CAPSTONE está atualmente em órbita baixa da Terra e de acordo com os dirigentes do projeto levará cerca de quatro meses para atingir sua órbita lunar alvo.

O CAPSTONE está atracado ao módulo Lunar Photon, o terceiro estágio do foguete Rocket Lab, responsável por levar CAPSTONE a caminho da Lua.

Nos próximos seis dias, o propulsor do Lunar Photon será acionado periodicamente com objetivo de acelerá-lo além da órbita baixa da Terra, onde então o Photon lançará o CubeSat em uma trajetória de transferência lunar balística rumo à Lua. Depois, o CAPSTONE usará sua própria propulsão e a gravidade do Sol para navegar pelo resto do caminho até a Lua. Neste sistema, a gravidade reduzirá drasticamente a quantidade de combustível que o CubeSat precisa para chegar à Lua.

Testes em orbita Alongada
Nas cercanias da Lua, CAPSTONE entrará em uma órbita alongada chamada "órbita halo quase retilínea", NRHO. Uma vez no NRHO, o CAPSTONE voará a 1.000 milhas de altitude do polo norte da Lua em sua passagem mais baixa e a 43.500 milhas do polo sul durante a passagem mais baixa. Este ciclo se repetirá a cada seis dias e meio e manterá essa órbita por pelo menos seis meses para coletar dados da dinâmica de voo.

“O CAPSTONE é um desbravador de várias maneiras e demonstrará várias capacidades tecnológicas durante o período de sua missão enquanto navega em uma órbita nunca antes voada ao redor da Lua”, disse Elwood Agasid, gerente de projeto do CAPSTONE no Centro de Pesquisa Ames da NASA. “A missão CAPSTONE está lançando as bases para a missão Artemis, Estação Gateway e fornecerá suporte comercial para futuras operações lunares.”

Novas Tecnologias
Durante sua missão, a nave CAPSTONE fornecerá dados sobre as operações em uma orbita do tipo NRHO e apresentará as principais tecnologias envolvidas.

O Sistema de Posicionamento Autônomo Cislunar da missão é um sistema de navegação e comunicação de espaçonave para espaçonave, que funcionará em conjunto com o satélite LRO (Lunar Reconnaissance Orbiter, da NASA) para determinar a distância entre duas espaçonaves em órbita lunar. Essa tecnologia pode permitir que futuras naves espaciais determinem sua posição no espaço sem depender exclusivamente do rastreamento da Terra.

Além do novo sistema de navegação, o CAPSTONE também possui um novo recurso de alcance unidirecional de precisão embutido em seu rádio que pode reduzir a quantidade de tempo de rede terrestre necessária para operações no espaço.


Rastreio de naves
Além de a Nova Zelândia sediar o lançamento do CAPSTONE, o Ministério de Negócios, Inovação e Emprego da Nova Zelândia está colaborando com a NASA em um esforço de pesquisa para rastrear naves espaciais em órbita lunar. Em maio de 2021, a Nova Zelândia foi o 11º país a assinar o Acordo de Artemis, conjunto de protocolos e regras que levarão os humanos de volta à Lua.


Mini Satélite
O CAPSTONE é um satélite do tipo CubeSat, do tamanho de um forno de micro-ondas e foi projetado e construído pela empresa estadunidense Tyvak Nano-Satellite Systems.

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