Procure no Apolo11
Quarta-feira, 16 ago 2023 - 09h54
Por Rogério Leite

Novo estudo afirma que o Himalaia se formou muito antes da colisão tectônica

Um novo artigo relacionado à formação do Himalaia pode mudar a compreensão atual de como essa cadeia montanhosa atingiu sua altura tão elevada. De acordo com o estudo, o Himalaia atingiu 60% de sua altura bem antes da poderosa subducção da porção oceânica da placa tectônica indiana.

Imagem retrata o o Monte Everest, a mais alta montanha do mundo, com 8.849 metros acima do nível do mar.<BR>
Imagem retrata o o Monte Everest, a mais alta montanha do mundo, com 8.849 metros acima do nível do mar.


De acordo com Daniel Ibarra, professor de ciências planetárias da Brown University, a compressão entre as placas tectônicas que formou os picos entre 45 e 59 milhões de anos atrás já estava em andamento muito antes, fazendo com que as montanhas da região se elevassem para mais da metade da altura atual antes que o grande evento de subducção lhes desse um poderoso desvio para cima.

Segundo Ibarra, até agora se pensava que a colisão continental entre a placa da Índia e a placa da Eurásia era condição necessária para obter uma elevação tão alta, mas os estudos atuais mostram que isso não é necessário.

Continua após a publicidade


"Nosso estudo demonstra pela primeira vez que as bordas dessas duas placas tectônicas já eram bastante altas antes da violenta colisão que criou o Himalaia e já tinham cerca de 3,5 quilômetros de altura", explicou o coautor do estudo Page Chamberlain, ligado à Universidade de Stanford.

Análise Química
Para chegarem a esta conclusão, os pesquisadores reconstruíram o passado da cordilheira medindo a quantidade de diferentes isótopos de oxigênio em suas rochas sedimentares, uma técnica chamada análise tripla de oxigênio, normalmente usada para estudar meteoritos.

Segundo o paper (trabalho científico), a encosta de barlavento de uma montanha – a primeira que recebe o ar que circula ao seu redor, recebe mais chuva do que o lado oposto, conhecido como encosta de sotavento. À medida que o ar sobe a encosta de barlavento, em direção ao pico da montanha, a composição química dessa chuva também muda, com os isótopos mais pesados de oxigênio diminuindo em altitudes mais baixas e isótopos mais leves caindo perto do topo.

Ao rastrear a mudança dos isótopos, a equipe de pesquisadores conseguiu determinar a altitude histórica das rochas e descobriram que a composição há cerca de 62 milhões de anos era consistente com uma elevação de 3500 metros. "Isso é muito mais alto do que muitos pensavam até agora", disse Ibarra.

Para os estudiosos, essa elevação inicial pode ter sido causada pela parte oceânica da placa tectônica indiana, que na época estava abrindo caminho por baixo da porção continental em um ângulo baixo, forçando a placa dominante para cima.


A descoberta, publicada na revista Nature Geoscience, pode influenciar na compreensão atual de como era o clima do Himalaia no passado e lançar novas hipóteses sobre como outras áreas montanhosas pelo mundo, como os Andes e Sierra Nevada, se formaram.

O Himalaia é uma enorme cadeia de montanhas em constante mudança em seus níveis de altura. Atualmente tem 6.100 metros de elevação médica, e abriga a montanha mais alta do mundo, o Monte Everest, com 8.849 metros acima do nível do mar.

LEIA MAIS NOTÍCIAS
Base de Dados Completa

Se você precisa de uma base de dados de latitude e Longitude das cidades brasileiras, clique aqui.
Podemos fornecer uma base completa, com mais de 5500 cidades em formato Excel.
Ideal para Projetos, Desenvolvimentos e construção de aplicativos.




Termo de Uso  |   Links Úteis  |   Imprensa  |  Anuncie  |  Fale Conosco  |  Versão Celular  |   Política de Privacidade

Apolo11.com - Todos os direitos reservados - 2000 - 2024

"Assim como o homem procura justiça na igualdade, a sociedade procura odem na anarquia" - Pierre J. Proudhon -