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Quarta-feira, 10 fev 2021 - 09h52
Por Rogério Leite

Virou moda: Agora é a vez dos Emirados Árabes chegarem a Marte

Ao que tudo indica, ir à Lua não é mais o sonho espacial dos países em desenvolvimento. A Bola da vez é Marte, onde os Emirados Árabes acabam de chegar. Nos próximos dias será a vez da China e na próxima semana os Estados Unidos darão um novo rolezinho nas terras avermelhadas.

Composição de imagens mostra a sonda árabe AMAL em orbita ao redor de Marte.
Composição de imagens mostra a sonda árabe AMAL em orbita ao redor de Marte.

Na última terça-feira, 9 de fevereiro de 2021, os Emirados Árabes Unidos entraram para o seleto grupo de países que conseguiram chegar ao domínio marciano. Eram exatamente 12h43 BRT quando a sonda AMAL (Esperança, em Português) atingiu o topo da atmosfera, onde deverá orbitar e fazer estudos inéditos de sua composição química, além de registrar novas fotos com resolução sem precedentes.

Depois dos Emirados Árabes, a sonda chinesa Tianwen-1 (Astronomia 1) também fará história e deverá pousar no Planeta Vermelho nesta quarta-feira, dia 10 de fevereiro. No dia 18, a Nasa também fará uma nova visita ao planeta vizinho, onde desembarcará a missão Perseverance no interior da cratera Jazero.

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Com isso, Marte já conta com quatro países a lhe fazerem visitas: EUA, Índia, antiga União Soviética e agora China, sem contar com a presença orbital de diversas naves da Agência Espacial Europeia.

O motivo de tantas naves chegarem quase ao mesmo tempo no Planeta Marte é que todas foram lançadas há cerca de seis meses, quando a posição marciana em relação à Terra favoreceu um menor distanciamento entre ambos.


Ângulo diferente
De acordo coma agência espacial dos Emirados Árabes, a sonda AMAL fará fotos de Marte de um ângulo completamente diferente dos utilizados até agora, em que as espaçonaves se alinham com a rotação do planeta e observam cenas específicas em determinadas horas do dia.

Segundo a agência, a AMAl orbitará Marte exatamente sobre a linha do equador e isso permitirá aos cientistas registrarem uma imagem completa do planeta a cada nove dias e cada ponto individual da superfície uma vez por hora. Isso permitirá uma visão mais abrangente do planeta e estudos mais detalhados da dinâmica atmosférica.

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