Satélites trombam no espaço Categoria: Satélites e Ciências Espacias
Olá amigos
Aconteceu. Por mais que achávamos ser quase impossível, 2 Satélites de Comunicações, um russo e um americano, colidiram no Espaço a uma altura de quase 800 km, quando sobrevoavam a Sibéria, confirmaram hoje fontes da NASA. (Uol, 11/02/2008--23,21 hs)
A colisão na terça feira passada, produziu uma nuvem de escombros, que acabou gerando perigo e preocupações aos integrantes da ISS, embora estejam em órbita bem abaixo, a cerca de 360 km.
Cientistas da NASA, no entanto acham que o risco é muito pequeno e está dentro dos limites aceitaveis.
Segundo a NASA, os satelites que se chocaram foram postos em órbita em 1.993 pela Russia e em 1997 pelos EUA.
Vejam no video deste gráfico o momento da colisão. Embora não seja imagem da colisão mas dos instantes finais de aproximação, no sistema de simulador que monitora os satélites.
Youtube "Collision between two saéllites in orbit:
Pois é né... Nuna imaginei que satelites iam colidir, mais já estava na hora! Muitos satélites ficam rodando o planeta, é provavel que isso aconteça mesmo, por mais distante que sejam suas orbitas, mais acontece.
Achei meio estranho,embora as órbitas sejam bem longas e longes umas das outras...Mas pelo menos vi(que é quase um milagre)passar uma notícia espacial no Jornal Nacional...hehe...
O satélite russo, de uso militar estava desativado, mas o Iridiun, de uso comercial, me parece que não. Mesmo assim para uma grande rede de satélites, um a menos pouco desfavorece.
Mas isso não vem ao caso sobre a repercussão, porque para pessoas comuns que não acompanham essa área de controle do espaço, foi apenas um acidente.
Mas para a NASA e demais Agencias Espaciais , pode acelerar uma sequencia de acidentes com outros satélites, à medida que os escombros destes, passem a se esparramar pelo espaço e descer sem controle algum.
Ai os demais satélites terão riscos de acertarem esses "cacos" espaciais e deixarem de funcionar.
O maior risco será mesmo para a ISS, por ser tripulada, ainda mais agora que pretendem "residir" nela mais 3 astronautas.
O bom mesmo seria se esses fragmentos "lixo" de satélites entrassem em nossa atmosfera e cair mesmo sem controle, pelo menos assim eles se incineravam por atrito e seria extintos de vez. Vi em documentário no History Channel que já temos lixo demais em nossa órbita, colocando em alto risco as missões tripuladas ou até mesmo a outros satélites. Milhares de fragmentos já espatifaram centenas de satélites. O que nosso amigo Cosmonauta teme, já vem acontecendo há décadas. Tais fragmentos viajam à nossa volta a velocidades incríveis e são comparados a projéteis balísticos. Não sei ao certo a velocidade de um satélite em órbita, mas ele precisa de 11,2 km/s para vencer a força gravitacional, e uma vez no espaço, nada existe para diminuir sua velocidade. E para que ele permaneça em um ponto fixo em relação a Terra, terá que ter a mesma velocidade de evolução do nosso Planeta. Alguém sabe esssa velocidade? Existem centenas de objetos perdidos por astronautas quando saem da nave para fazer reparos. Ferramentas, parafusos, bolsas e uma infinidade de objetos como filmadoras. Para se ter uma idéia da gravidade, um fragmento de apenas 10 cm pode atingir uma espaçonave e causar tantos danos quanto a uma explosão de 25 bananas de dinamite. Outros que chegam a 100 mil com cerca de 1 cm, são como tiros e arma de fogo, que poderiam atravessar uma espaçonave e danificar equipamentos vitais de navegação. Tais projéteis não são detectados por radares para serem monitorados. Estamos indefesos ao nosso próprio lixo. Poeiras cósmicas já eram ameaças, imaginem uma ferramenta similar a uma chave inglesa. Lembram do Sputnik? Primeiro satélite lançado no espaço e pelos Russos em 1957, desde então estamos acumulando lixo em nossa órbita. Lá se foram 52 anos, já se estimam o lançamento de 6000 satélites até hoje, 3000 ainda funcionando. Milhares viraram armar mortais. Pra resumir e ser menos cansativo, o lixo espacial está estimado em 2 mil toneladas e o documentário termina na conclusão que está inviável e por demais perigoso sair de nosso planeta, é como entrar em um campo minado ou ficar entre fogo cruzado de artilharia pesada. Sair e voltar é cada vez mais uma loteria. É isso aí! O homem está se auto aprisionando em seu própio planeta que está prestes a ser destruído por ele mesmo. Vejam uma foto divulgada pela Agencia Espacial Européia. Olhem como se encontra nossa órbita Terrestre. E ainda falam em vôos espaciais de turismo. Aqui em Minas costumamos falar que barata sabida não atravessa galinheiro. Quanto a ir para o espaço, só depois da faxina é claro!
Tá certo Wellington. A velocidade desses satélites é em torno de 7 a 8 km/s, dependendo da altitude. Veja bem, a Estação Espacial, a 360 km de alt/ viaja a 7,43 km/s. Os dados do Iridium 33 acidentado indicam 788 km de altitude e 7,49 km/s.
Mas o que preocupa no caso dessa colisão de satélites é que a trombada foi em diagonal, sendo assim a órbita deles embora prevista e monitorada, os escombros podem mudar completamente de direção devido ao impacto.
E como perdem altitude muito devagar, serão anos ou dezenas de anos produzindo expectativas de risco aos controladores da NASA. Especialmente para a rede Iridium, que era de 81 satélites (agora 80) e a série Cosmos da Russia, que utilizam essa faixa de altitude. O risco de novos acidentes com os cacos deles é enorme.
Quando os Russos lançaram o Sputnik os americanos entraram em pânico, achando que se tratava de satélite espião ou que os Russos poderiam lançar bombas em qualquer parte do planeta. No entanto a tradução de seu nome é "Amigo", a intenção era apenas transmitir um sinal de radio, o "beep", que podia ser sintonizado por qualquer radioamador.
O próprio governo americano espalhou o terror como sempre para que a população apoiasse o alto custo em prol da defesa contra uma ameaça que não existia. E o medo implantado os impulcionaram nessa corrida espacial sem limites.
O primeiro satélite da série denominada Sputnik, foi lançado pela então União Soviética, no dia 4 de outubro de 1957. Pesava 83,6 kg e era uma esfera de 58,5 cm de tamanho.
Orbitou a Terra transmitindo continuamente sinal bip de rádio, sintonizado por radioadores, durante 22 dias até que suas baterias se esgotaram. Continuou circulando a Terra mais 6 meses antes de cair. (Wikipedia Sputnik)
O Sputnik foi lançado em outubro de 1957 orbitou a Terra até abril, totalizando sua misão em seis meses antes de cair.
Ajudou também a identificar as camadas da alta atmosfera terrestre através de mudanças de sua órbita. E foi a primeira oportunidade que tivemos para observar e estudar pequenos meteoritos.
Ele teve seus sucessores em versões maiores, considerados espaçonaves e lançadores de foguetes. O Sputnik II que enviou ao espaço o primeiro ser vivo, todos lembram da cadelinha Laika né mesmo? Teve uma repercução mundial que dividiu opiniões, pois ocultaram a verdade, afirmando que ela tinha morrido depois de uma semana por falta de oxigenio, muito mais mais tarde divulgaram que ela tinha morrido logo após ser lançada por pânico devido ao super aquecimento da cabine, o Sputnik III levou um laboratório pra estudar nosso campo magnético, Sputnik IV com um manequim tamanho natural, foi um ensaio para levar o primeiro homem no espaço e o último da "Missão Sputnik", o Sputnik V com dois cães, quarenta camundongos, dois ratos e diversas plantas. Eles reentraram na Terra no dia seguinte. Só que desta vez todos estavam vivos.
O chefe de Controle de Missões da Rússia, Vladimir Solovyov,disse que os fragmentos da colisão entre os 2 satélites poderiam permanecer em órbita por até 10 mil anos, e até mesmo um fragmento minúsculo, de 1 cm, pode danificar ou mesmo destruir uma nave, porque ambos viajam a velocidades altíssimas.
No contato físico a velocidades orbitais, uma onda de choque hipersônica explode as estruturas, disse o consultor aeroespacial americano James Oberg. Ela transforma o material em confete e detona os combustíveis. A maioria dos fragmentos se concentra perto do curso de colisão, mas alguns fragmentos foram atirados em outras órbitas, variando de 500 km a 1.300 km de altura.
Pois é pessoal e quem se aventura dar uma voltinha no espaço?
cosmonauta lembrou muito bem, com essas explosões ou colisões, os fragmentos espalham em todas as direções e migram para outras órbitas. Todos os satélites estão correndo risco, pois suas órbitas foram invadidas.
Futuras naves tripuladas ficarão mais pesadas pelas blindagens que se farão necessárias e consequentemente muito mais caras.
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