Os terremotos podem ser previstos?
Apesar dos esforços dos cientistas e dos avanços tecnológicos, principalmente ligados aos modelos numéricos rodados em supercomputadores, a previsão de terremotos ainda está engatinhando e o principal motivo é a falta de padrões claros que possam caracterizar a ocorrência de um possível evento.
Existem estudos que tentam relacionar alguns sinais a possível ocorrência de sismos, mas por não poderem ser repetidos não são considerados métodos científicos.
Atualmente, o que os pesquisadores fazem é apontar as possíveis áreas sujeitas a terremotos, alertando as autoridades sobre os melhores métodos de construção e evacuação de populações.
Além disso, utilizando imagens de satélites, modelos matemáticos e dados estatísticos é possível apontar alguns locais onde as tensões estejam se acumulando ao longo do tempo, elegendo locais altamente prováveis de ocorrência de tremores, como é o caso da falha de San Andreas, na Califórnia, norte da Turquia especialmente Istambul e algumas regiões do Caribe, entre elas a ilha de Hispaniola, onde se localiza o Haiti.
Sistemas de Alerta
Diante à impossibilidade de prever quando e onde os terremotos acontecerão, mas conhecendo as características de propagação das ondas sísmicas, os cientistas partiram para o desenvolvimento de sistemas de alertas que possam avisar com antecedência a população das cidades.
No Japão, por exemplo, os pesquisadores criaram um sistema de aviso de tremores capaz de avisar com 10 segundos de antecedência a chegadas das ondas. Apesar de parecer pouco tempo, 10 segundos de antecedência permitem que as populações deixem suas casas ou procurem abrigo em local seguro, onde possam se proteger ante a chegada do tremor inevitável.
Saiba mais sobre a previsão de terremotos
Foto: Cena histórica do colapso de uma estrutura sobre veículos na cidade de Paso Robles, na Califórnia. O evento ocorreu em 25 de janeiro de 2004, após um terremoto de 6.5 graus. Crédito: Dane Golden/FEMA