As águas da baía de Paranaguá (PR) estão limpas quase um mês depois da explosão do navio chileno Vicuña, no terminal marítimo da Cattalini. Num vôo de helicóptero nesta terça-feira (7) à tarde, a reportagem da Gazeta do Povo observou manchas de óleo nas rochas das Ilhas da Cotinga e das Cobras, além do manguezal. O clube de seguro P&I colocou em quase toda a baía barreiras para conter o óleo que vazou do navio. O acidente aconteceu no dia 15 de novembro, quando o navio avaliado em US$ 14 milhões descarregava 4 mil toneladas de metanol.O chefe da fiscalização do Ibama - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, João Antônio de Oliveira, confirmou que a água da baía está bem mais limpa, mas ainda não é possível liberar a pesca na região. “Estamos mais tranqüilos, mas água limpa não significa que ela não esteja contaminada”, disse. Ele lembrou ainda que todos os dias amostras são coletadas e examinadas para acompanhar a situação.
Por sua vez, o advogado L. R. Leven Siano, procurador do armador do navio (a chilena Ultragas), informou ontem que 2/3 do óleo que vazou do navio já foram recolhidos. “A limpeza da baía vai custar cerca de US$ 5 milhões. O serviço está sendo executado por cinco empresas, além de duas empreiteiras locais.
O P&I deve divulgar nesta quarta-feira (8) o nome da empresa que venceu a concorrência internacional para retirar os destroços do Vicuña. Com isso, a Capitania dos Portos deve aumentar o prazo para receber o projeto de recuperação ambiental da baía, que acabaria nesta quarta-feira.
Corpo -
Um pescador encontrou nesta terça-feira o corpo de um homem na Ilha de Currais, na região de Paranaguá. Ele pode ser o quarto tripulante do navio Vicuña, que desapareceu com a explosão. Segundo o Instituto Médico Legal de Paranaguá, o corpo encontrado estava em estado de putrefação. O homem, com 1,65 m de altura, vestia bermuda jeans e camisa listrada.
Gazeta do Povo (PR)