O devastador terremoto do dia 26 de Dezembro de 2004, que alcançou a marca de 9 graus na escala Richter , ocorreu na interface entre as placas da Índia e Burma e foi causado pela liberação do estresse que se desenvolve na subducção da placa Índica sobre a placa de Burma.
A tectônica da região é bastante complexa e envolve a interação das placas Australiana, Sunda e Eurasiana, além dos movimentos da placa da Índia e de Burma.
A imagem ao lado mostra a disposição das placas naquela região, bem como a localização do abalo principal e dos diversos aftershocks que se seguiram.
As placas Índica e Australiana movem-se em sentido nordeste a razão de 5 cm por ano com relação à placa de Burma. Isso resulta em uma convergência oblíqua na região da fossa de Sunda. Alguns desses movimentos oblíquos resultam em falhas e rifts que separam as placas de Burma e Sunda (direita).
Os maiores terremotos já registrados no planeta ocorrem em áreas de subducção,onde uma placa afunda abaixo de outra. Entre esses incluem-se o o maior de todos os terremotos, ocorrido no Chile em 1960, que alcançou a marca de 9.5 graus Richter, o terrremoto de 9.2 graus, em Prince William Sound, Alaska, em 1960, o de Andreanof, também no Alaska, em 1957, com 9.1 graus e o de magnitude 9.0 graus, ocorrido na península de Kamchatka, na Rússia, em 1952.
Imagem NOAA mostra região afetada - Nesta imagem, feita às 07h51 (05h51 Hora de Brasília) do dia 28 de dezembro pelo satélite NOAA-16, vemos detalhes de uma das regiões afetadas pelas gigantescas ondas que causaram a morte de mais de 30 mil pessoas no começo desta semana.