Rotação: 58 dias
Translação: 87 dias
Diâmetro: 4878 km
Temp. Máxima: 427 C
Temp. Mínima: -173 C
Luas: 0
Composição da atmosfera: Helio, Sódio e Oxigênio
Se um explorador andasse pela superfície de Mercúrio, veria um mundo semelhante ao solo lunar, repleto de montes ondulados e cobertos de poeira erodidos pelo constante bombardeamento de meteoritos.
Existem escarpas com vários quilômetros de altura e centenas de quilômetros do comprimento.
A superfície está ponteada de crateras.
O explorador veria o Sol duas vezes e meia maior do que na Terra;
no entanto, o céu é sempre negro porque Mercúrio praticamente não tem atmosfera e a que tem não é suficiente
para causar a dispersão da luz.
Se o explorador olhasse fixamente para o espaço, veria duas estrelas brilhantes.
Veria uma com tonalidade creme, Vênus, e a outra azulada, a Terra.
Antes da Mariner 10, pouco era conhecido sobre Mercúrio devido à dificuldade de o observar com os telescópios.
Na máxima distância, visto da Terra, está apenas a 28 graus do Sol. Por isso Mercúrio só pode ser visto durante o dia
ou imediatamente antes do nascer-do-Sol ou imediatamente depois do pôr-do-Sol.
Quando observado ao amanhecer ou ao anoitecer, Mercúrio está tão baixo no horizonte, que a luz tem que passar através do equivalente
a 10 vezes a camada da atmosfera terrestre que passaria se estivesse diretamente por cima de nós.
Distâncias e Temperatura
Mercúrio é o mais planeta mais próximo do sistema solar. Durante o afélio, a distância máxima ao Sol é de 77 milhões de quilômetros e durante o periélio é de 46 milhões.
Devido à grande excentricidade de sua órbita, a temperatura eleva-se brutalmente quando está no periélio e de dia chega a atingir
430ºC. Durante a noite, do lado oposto, a temperatura cai para aproximadamente -180ºC, o que torna Mercúrio o planeta com a maior
amplitude térmica do sistema solar.
Imagens captadas por sondas mostram que Mercúrio é muito similar à Lua, devido à grande quantidade de crateras, no entanto sua composição química é muito parecida com a da Terra.
Em Mercúrio não existe atmosfera, mas astrônomos já detectaram a presença de um tênue envólucro de hélio, que acredita-se
tenha sido originado da transmutação de elementos radioativos como o Tório e Urânio, presentes nas rochas, podendo também ter sido levado pelo vento solar.
Dados colhidos pela Mariner 10 em 1974 detectaram a existência de campo magnético, o que evidencia que o interior do planeta tenha núcleo metálico.
Essa idéia é reforçada pela elevada densidade de Mercúrio, da ordem de 5,44 g/cm3.
Na superfície esta densidade é de 2,4 g/cm3 o que supõe que seu núcleo tenha
uma densidade de aproximadamente 6,5 g/cm3.
Esses valores fazem supor que seu núcleo corresponda a 70% da massa total,
além de mostrar que Mercúrio tem uma gravidade muito parecida com a de Marte, mesmo sendo menor que ele.
Com a gravidade quase o dobro da lunar e a sua grande proximidade do Sol, os impactos dos meteoritos são muito intensos,
o que provoca deformações diferentes na superfície.
Além disso, a gravidade mais intensa também faz com que a matéria
arremessada percorra uma distância até vinte vezes menor que na Lua, modelando de forma diferente as crateras do planeta.
Foto: No topo, Mercurio visto pela sonda norte-americana Mariner 10 no dia 29 de março de 1974.
Acima, imagens registradas pela sonda Messenger em 6 de outubro de 2008 mostram o planeta em 11 comprimentos de onda diferentes, fundidos em duas imagens falsamente colorizadas.
Crédito: NASA/Johns Hopkins University/APL/JPL.