Rotação: 17 horas 52 minutos
Translação: 84 anos
Diâmetro: 51118 km
Temperatura: -193 C
Gravidade: 7.77 m/s^2
Luas: 27 confirmadas
Composição da atmosfera: Helio, metano e Hidrogênio
Urano foi descoberto em 1781 por Willian Herschel (1738-1822), quando recebeu o nome de Georgium Sidus, em homenagem ao rei Jorge III do Reino Unido.
Somente em 1850 foi rebatizado de Urano, de acordo com a tradição de dar aos planetas, nome de deuses.
Urano é o sétimo planeta mais distante do Sol e situa-se entre as órbitas de Saturno e Netuno e tem pelo menos 27 satélites conhecidos.
Seu seu diâmetro é de cerca de 51 mil km, isto é, 4 vezes maior que a Terra.
Umas das mais interessantes características de Urano é sua inclinação axial, próxima a 90º, ou seja, Urano praticamente rotaciona
"deitado".
Suas regiões equatoriais são tenuamente expostas à luz e energia solar e o que permanece incógnito é o fato da temperatura destas regiões não serem menores do que as temperaturas registradas nos pólos, já que estes estariam mais sujeitos à radiação solar.
Acredita-se que haja algum tipo de geração de calor e que a dinâmica da atmosfera promova de alguma forma o aquecimento das regiões equatoriais, mas até o momento não há consenso entre os cientistas.
Atmosfera
Se comparada aos outros planetas gasosos (ou jovianos), a astmosfera superior de Urano é muito calma.
A análise de imagens mostrou que as variações de cor não ultrapassam 5%, e especificamente a região verde do espectro visível é provavelmente causada pela absorção seletiva da luz solar por parte do metano presente em sua atmosfera.
Como a inclinação do eixo de rotação chega a 82.5 graus, apenas uma parte do planeta é iluminada enquanto a outra passa por períodos de até 42 anos na escuridão. Esse fenômeno é único no sistema solar, provocando no planeta profundas mudanças de circulação atmosférica.
Superfície
Mesmo sendo um planeta gasoso, sua massa é pequena quando comparada ao gigante Júpiter. No entanto, o estudo dos dados enviados pela sonda Voyager II mostraram que o núcleo
de Urano é mais denso e de composição muito diferente quando comparado a Júpiter e Saturno.
Urano apresenta ainda quantidades relativas de gelo, carbono, oxigênio, silício, nitrogênio e ferro, no lugar da predominância do hidrogênio e hélio encontrada em Saturno e Júpiter.
Os modelos sobre a estrutura interna são bem confiáveis e mostram que tanto Urano como Netuno possuem núcleos constituidos de silício, ferro e outros elementos pesados em menor quantidade.
Campo Magnético
Durante a passagem por Urano, a Voyager II detectou um campo magnético inclinado 58 graus com o eixo de rotação, mas que não passava pelo centro do mesmo.
Os astronômos pensaram que se tratava do único caso no Sistema Solar e que talvez por coincidência a sonda tivesse passado pelo planeta no exato momento de inversão desse campo, a exemplo do que já ocorreu na Terra.
Porém quando a sonda Voyager II passou por Netuno em 1989, essa situação deixou de ser um mero acaso, já que Netuno também tinha o campo magnético muito parecido, inclusive inclinado próximo de 50 graus e também deslocado do centro da metade do raio.
Explicando
Uma das teorias usadas para explicar a formação desse campo é a das correntes elétricas no interior do planeta.
Na Terra, os movimentos do fluido de níquel e ferro derretidos no núcleo geram as correntes elétricas, que por sua vêz geram o campo magnético. Já em Júpiter e Saturno, o hidrogênio em sua forma metálica é quem conduz a corrente elétrica, gerando o campo magnético.
Quando se trata de Urano e Netuno, há uma quantidade maior de gelo e também menos hidrogênio do que em Júpiter, por isso é possível que os núcleos desses dois planetas sejam relativamente isolantes.
No entanto, um dínamo elétrico parece operar no interior desses planetas, só que ao redor do núcleo e não no interior. Isso explica o fato de o campo não passar pelo centro do planeta.
Porém a explicação de como isso ocorre é provavelmente a complexa interação entre os fluidos do interior dos dois planetas aliado às suas rotações.
O modelos de estrutura interna indicam a presença, embora pequena, de ferro, silício e outros elementos que formam uma substância rochosa com propriedades físicas diferentes das conhecidas em rochas comuns.
Satélites Naturais
As cinco maiores luas de Urano foram descobertas entre 1787 e 1848 e são conhecidas como as grandes luas de Urano.
A missão Voyager detectou mais dez satélites entre 1985 e 1986 e outras foram descobertas recentemente, elevando o número de satélites naturais para 27.
Conheça as luas de Urano
Anéis de Urano
Os anéis de Urano foram descobertos somente em 1977, por ocultação de uma estrela, usando-se numa série de fotos para análise da atmosfera uraniana.
Os anéis localizam-se na parte interna das órbitas dos satélites. Possuem muitas divisões, são opacos e bastante estreitos, com menos de cem quilômetros quilômetros no sentido radial.
Até onde se sabe, são formado de gêlo e partículas escuras que não refletem mais que que 5% da luz incidente.
Sua origem também é incerta, mas acredita-se que sua formação se deu devido a choques de pequenos satélites,
mas a escassez de dados ainda não permite formular hipóteses mais concretas.
Fotos: No topo, planeta Urano registrado pela sonda americana Voyager 2 no dia 10 de janeiro de 1986, a uma distância de 18 milhões de quiômetros. Acima, Urano e seus anéis, visto pelo telescópio espacial Hubble em 24 de julho de 2005. Crédito: Nasa/Hubble Space Telescope.